“A nossa expectativa é que, com base na dispensa do visto prévio do Tribunal de Contas e na possibilidade de simplificação do processo através da autorização do ajuste direto, ainda em 2019 arranquem as obras, o que quererá dizer que num tempo mínimo de construção de dois anos no final de 2021 teremos a ala pediátrica nas suas instalações definitivas”, disse hoje José Artur Paiva, numa declaração aos jornalistas, na unidade hospitalar.
Na terça-feira, o parlamento aprovou por unanimidade a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) que prevê a possibilidade de recurso ao ajuste direto para a construção do Centro Pediátrico do Centro Hospitalar Universitário de São João.
A proposta dos socialistas mereceu o voto favorável de todas as bancadas parlamentares. Já as iniciativas do CDS e do PSD sobre a mesma unidade hospitalar foram rejeitadas.
O documento prevê a possibilidade de recurso ao procedimento de ajuste direto “para efeitos da celebração dos contratos relativos à conceção, projeto e construção do Centro Pediátrico, considerando-se preenchidos os requisitos e condições exigidas para a adoção deste procedimento pré-contratual”.
Dizendo ser um dia de “grande satisfação”, o diretor clínico garantiu que hoje no hospital existem “muitos sorrisos nas caras” dos profissionais, das crianças e dos pais das crianças internadas.
José Artur Paiva referiu que o ajuste direto da obra vai permitir que a empreitada comece após o verão do próximo ano, dado o hospital já ter entregue “a quase totalidade dos dados” à empresa encarregue do desenvolvimento do projeto.
“Estamos numa fase de desenvolvimento do projeto, da parte do Centro Hospitalar de São João a quase totalidade dos dados está entregue à empresa encarregue desse projeto e esperamos que em abril de 2019 esteja finalizado, seguindo-se depois uma curta fase de revisão do projeto”, adiantou.
O diretor acrescentou ainda ser expectável que a autorização da despesa chegue no início de 2019.
Quanto à situação das crianças internadas, o diretor clínico assumiu que “neste momento” não é possível transferir a pediatria do espaço exterior para o interior, mas durante o próximo ano vão pensar na “transferência de módulos” para o edifício central sem pôr em causa o funcionamento da pediatria.
Questionado sobre o facto de o presidente da Associação O Joãozinho, Pedro Arroja, reclamar a titularidade da obra, José Artur Paiva vincou que essa “não é uma questão” para a unidade de saúde.
“Está assumido há muito tempo, através de um protocolo firmado entre várias partes, que esta matéria é de investimento público, mas os privados são muito bem-vindos a esta iniciativa numa perspetiva de complementaridade”, reforçou.
[Notícia atualizada às 15h17]
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