Todos são convidados a “contribuir com roupa, alimentos enlatados e água, a serem transportados para Moçambique na semana seguinte”, sendo a recolha feita junto à estrutura principal da prova.
A Liga MEO Surf, que é a principal competição de surf nacional que define os campeões nacionais, quer assim ajudar a população de Moçambique.
“A Figueira da Foz foi também fustigada por uma tempestade em outubro de 2018, o furacão ‘Leslie’, conhecendo assim, por experiência própria, as dificuldades inerentes, independentemente das proporções dos infortúnios que resultaram em cada um dos casos”, refere a organização, em comunicado.
Para o embaixador da sustentabilidade da Liga MEO Surf, João Kopke, “esta questão está mais relacionada com a humanidade em geral do que com o surf”.
“Seria muito fácil não nos preocuparmos com o que se passou, até pela distância, mas estamos a ser solidários, a pensar no problema e a dar um exemplo positivo. Não conseguimos chegar a todos os sítios, mas chegar a Moçambique já é muito bom”, frisou.
No que respeita às limpezas de praia da Fundação Altice, depois dos 250 quilos já recolhidos na primeira etapa, na sexta-feira realiza-se uma nova ação, na Figueira da Foz.
Estarão presentes uma centena de alunos do primeiro ciclo do agrupamento de escolas da zona urbana da Figueira da Foz, com voluntários do MARE (departamento de Ciências Ambientais e Marinhas da Universidade de Coimbra), jovens da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente e alunos da escola Surfing Figueira.
No sábado, todos os voluntários são convidados a participar.
“Foi com grande sentido de responsabilidade que aceitámos, mais uma vez, este desafio e estamos muito contentes com a adesão que se verificou nesta primeira fase, que esperamos que se mantenha ou supere durante toda a competição”, referiu Ana Estelita, diretora da Fundação Altice.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 786 mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas nos três países, segundo dados das agências das Nações Unidas.
Moçambique foi o país mais afetado, com 468 mortos e 1.522 feridos já contabilizados pelas autoridades moçambicanas, que dão ainda conta de mais de 127 mil pessoas a viverem em 154 centros de acolhimento, sobretudo na região da Beira, a mais atingida.
As autoridades moçambicanas adiantaram que o ciclone afetou cerca de 800 mil pessoas no país, mas as Nações Unidas estimam que 1,8 milhões precisam de assistência humanitária urgente.
Entre os danos materiais, as autoridades moçambicanas registam mais de 90 mil habitações atingidas, das quais 50.619 ficaram totalmente destruídas, 24.556 parcialmente destruídas e 15.784 inundadas.
Foram ainda danificadas ou destruídas 3.202 salas de aulas, afetando 90.756 alunos, bem como 52 unidades de saúde.
Quase 500 mil hectares de terras ficaram inundados.
Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique, o Idai atingiu a Beira no dia 14 de março com chuva forte e rajadas de vento de 180 a 220 quilómetros por hora.
No Zimbabué, as vítimas mortais registadas são 259, há 186 feridos contabilizados e 4.500 deslocados, num total de 270 mil pessoas atingidas.
No Maláui, o balanço mantém-se inalterado, nos 59 mortos, além de 672 feridos, 86 mil deslocados, e 868.900 pessoas afetadas.
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