Numa declaração política no plenário da Assembleia da República, o deputado único da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, defendeu que a “atual situação política tem tanto de crise como de oportunidade”.
“A oportunidade que os portugueses terão é de poder escolher livremente que futuro querem para o seu país. E essa escolha, que é importante e que será difícil nalguns casos, será tão ou mais consciente quando se perceber o que efetivamente está em causa”, indicou.
Cotrim de Figueiredo atribuiu as responsabilidades da atual crise política ao PS, afirmando que foi o Governo de António Costa que optou pela ‘geringonça’ e que, durante a discussão orçamental, “viu uma hipótese de aproveitar a situação político-partidária para ir em busca de uma maioria absoluta”.
“Portugal não pode continuar dependente de quem teve estas responsabilidades e de quem mostrou esta irresponsabilidade. Portugal precisa de um novo rumo, de uma nova energia”, frisou.
Cotrim de Figueiredo referiu assim que, nesse rumo, a IL “está disponível para contribuir com as suas ideias, com a sua exigência e com a sua energia, e também com a sua coerência de partido liberal que não vacila na defesa da liberdade individual”.
“Estas eleições serão para a IL mais uma oportunidade de sublinhar a importância da defesa dessa liberdade em todos domínios da nossa vida política, económica, social e privada”, frisou.
Antecipando algumas das medidas que o partido irá apresentar durante a campanha eleitoral, Cotrim de Figueiredo referiu que a IL irá propor a “reintrodução dos debates quinzenais”, a “reforma do sistema eleitoral”, a “redução e simplificação fiscal de que o país precisa”, e uma “verdadeira reforma do SNS”.
Do seu lado, o deputado único do Chega atribuiu a responsabilidade da atual crise política ao PS, BE e PCP e, dirigindo-se aos partidos de direita, afirmou que cabe à direita mostrar que tem “uma alternativa” ao socialismo para Portugal.
“E essa alternativa não pode ser a alternativa dos cortes nem das reduções, tem que ser a alternativa de mais riqueza e de mais distribuição de rendimento. Tem que ser uma alternativa de melhor emprego e de uma atualização inédita das pensões, pois temos dos pensionistas mais mal pagos da Europa”, frisou.
O deputado único do Chega apelou ainda a que a direita esqueça o “país dos coitadinhos” e dê “a quem trabalha e a quem merece efetivamente pelo esforço que faz e fez para Portugal”.
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