De acordo com informação adiantada à agência Lusa por fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Bragança, "neste momento estão 39 operacionais" do lado espanhol da fronteira.

Segundo explicou a mesma fonte, tratam-se de elementos técnicos do ICNF, mantendo-se o número de bombeiros em 26.

Quanto a veículos portugueses no terreno, com a adição dos elementos do ICNF, passaram de seis para 13, de acordo com a mesma fonte da Proteção Civil.

Questionada sobre se há risco do incêndio passar para Portugal, a fonte adiantou que "neste momento, não".

Na reserva da Serra da Coroa, onde está a ocorrer o incêndio, já arderam mais de 20.000 hectares, sobretudo de superfície florestal arborizada de pinheiros e matagal, de acordo com a Junta de Castela e Leão.

O incêndio foi resultado de um acumular de circunstâncias como trovoadas secas com fortes descargas elétricas, ausência de precipitação, temperaturas acima dos 40 graus, baixa humidade e ventos fortes.

No local estão também meios aéreos espanhóis.

De acordo com a agência Efe, o incêndio na província espanhola, que faz fronteira com o distrito de Bragança, chegou a obrigar à evacuação de 14 povoações, que contam com um total de 1.700 habitantes.

Entretanto, das 14 povoações evacuadas, os habitantes de sete puderam regressar às suas casas: Boya, Cabañas de Aliste, La Torre de Aliste, Mahíde, Palazuelo de las Cuevas, Pobladura de Aliste e San Pedro de las Herrerías.

Atualmente, mantêm-se evacuadas as localidades de Villardeciervos, Ferreras de Arriba, Villanueva de Valrojo, Ferreras de Abajo, Flechas, Codesal e Cional, cujos habitantes passaram a noite em pavilhões desportivos.

O incêndio obrigou também ao corte da estrada nacional 631, entre as localidades de Litos e Villanueva de Valrojo e das estradas de província ZA-912, entre Villardeciervos e Mahíde, ZA-P-1407, entre Sarracín de Aliste e Ferreras de Abajo, e ZA-P-2639, entre Villardeciervos e Val de Santa María.