O comandante regional de Lisboa e Vale do Tejo, Elísio Oliveira, avançou ao início desta tarde que o incêndio na Covilhã se encontra em fase de "consolidação e rescaldo".

"Podemos ainda ter alguns problemas, mas temos os meios dispostos no terreno para que, caso haja alguma reativação, possamos resolver de imediato a questão", acrescentou.

No balanço da Proteção Civil sobre os fogos em curso em Portugal, Elísio Oliveira disse que "o que nos preocupa e que temos identificado como a situação de maior pressão neste incêndio é um triângulo entre as localidades do Sameiro, Vale da Amoreira e Manteigas".

Esta uma área "onde as condições meteorologias, que não são favoráveis, estão a agravar-se ao longo das ultimas horas, e vão continuar assim até próximo das 19 horas".

Estas condições "vão dificultar o trabalho e, numa perspectiva de antecipação, foram aqui colocados meios para responder a alguma projeção e progredir com rapidez [no combate ao fogo]", disse.

Neste teatro de operações encontram-se 1164 operacionais, apoiados por 364 veículos e sete meios aéreos, que não estão em permanência no local, esclareceu Elísio Oliveira, seja porque precisam de ir buscar água, seja porque precisam de reabastecer.

Na conferência de imprensa, Elísio Oliveira disse que neste momento não há aldeias em perigo, mas admitiu que a rotação do vento “pode fazer com que se dirija para aglomerados populacionais”.

“Digamos que de todo o incêndio, o que diz respeito à área da Covilhã não é a nossa grande preocupação. A preocupação é Manteigas e poderá surgir aqui a hipótese de avançar para outros concelhos. Estamos a fazer tudo para evitar isso”, sublinhou.

O comandante realçou que se trata de um “trabalho muito difícil” e que obriga a uma permanente movimentação dos operacionais no terreno para “evitar o avanço”.

“Estamos a fazer os possíveis, mas as condições não são as mais favoráveis para o combate. A grande preocupação é evitar que as coisas se compliquem”, concluiu.

O incêndio deflagrou às 03:18 de sábado, na localidade de Garrocho, freguesia de Cantar-Galo e Vila do Carvalho, no concelho da Covilhã (Castelo Branco), e alastrou para Manteigas, no distrito da Guarda.

Um helicóptero ligeiro de combate a incêndios rurais sofreu na tarde de terça-feira um acidente durante as operações de combate ao incêndio da Covilhã, sem provocar vítimas mortais ou ferido.

No mesmo fogo, três bombeiros e um sapador florestal sofreram na terça-feira ferimentos ligeiros durante o combate.