A medida, que visa facilitar a mobilização de todos os meios disponíveis no concelho para auxiliarem nas operações de combate ao incêndio florestal que ali deflagrou na noite de sexta-feira, foi adotada porque se “agravou a situação”, afirmou à agência Lusa o autarca.
“Durante a tarde [de hoje] tudo se agravou”, essencialmente devido à “mudança dos ventos” e à impossibilidade de os meios aéreos continuarem a atuar, por causa do denso fumo que cobre a região, particularmente no vale do rio Ceira, explicou o autarca.
As chamas estão a progredir com “grande intensidade”, mas “neste momento não há povoações” ou habitações ameaçadas, referiu José Brito, que falava à agência Lusa pelas 17:45, ocasião em que as chamas eram combatidas por mais de seis centenas de operacionais, apoiados por cerca de 200 meios terrestres, de acordo com a página da Proteção Civil na internet.
O presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra considera, no entanto, que são necessários “mais meios”, pois “os bombeiros estão exaustos” e são insuficientes para atacar as frentes ativas e, simultaneamente, fazerem os trabalhos de consolidação, rescaldo e vigilância, para “evitar reacendimentos”, sustentou o autarca.
O fogo teve início às 23:20 de sexta-feira, em povoamento florestal da zona de Castanheira, na freguesia de Fajão e Vidual, no município de Pampilhosa da Serra, alastrando, entretanto, ao vizinho município de Arganil, onde, no sábado, foram deslocadas cerca de 50 pessoas residentes em aldeias das quais o fogo se aproximou.
Essas pessoas já regressaram, entretanto, às suas casas, disse à Lusa o presidente da Câmara de Arganil, Ricardo Alves.
As chamas avançam em três frentes, em território daqueles dois concelhos, referenciados pela Área Protegida da Serra do Açor, do vale do Ceira e povoações da rede de Aldeias do Xisto.
No sábado, o fogo chegou a propagar-se por seis frentes, tendo duas delas sido dominadas ao início da tarde de hoje.
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