O comandante distrital de Operações de socorro (CODIS) de Vila Real, Miguel Fonseca, disse que a prioridade dos operacionais, neste momento, é fazer a “proteção às populações e habitações”.

Segundo o responsável, pelas 20:00 as aldeias que causavam mais preocupação e onde os meios estavam posicionados eram Sanguinhedo, Felgueiras, Fortunho e São Tomé do Castelo.

O fogo que deflagrou pelas 07:00 na serra do Alvão, na zona da Samardã, continuava a avançar, pelas 20:00, em três frentes e a progredir com muita intensidade. O vento forte tem sido a principal dificuldade no combate às chamas.

Durante a tarde, o fogo rodeou a aldeia de Vilarinho da Samardã, passou pela Estrada Nacional 2 (EN2), desceu ao rio Corgo e subiu, na outra margem, para a zona onde agora aumentam as preocupações dos operacionais.

Segundo o 'site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção (ANEPC), para o local estavam mobilizados, pelas 20:00, 402 operacionais e 115.

Devido ao fumo intenso, os meios aéreos já não estão a operar neste incêndio há algum tempo.
A Autoestrada 24 (A24) permanece cortada entre os nós de São Tomé do Castelo e de Vila Pouca de Aguiar e a EN2 permanece também cortada entre Escariz e Soutelinho do Mezio.

Ao final da tarde, o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, deixou um apelo às populações para se autoproteger devido à dimensão do incêndio e referiu que este fogo “começou logo pela manhã, com quatro pontos de ignição, teve uma frente inicial de cerca de três quilómetros, uma progressão muito, muito rápida”.

Quase dois mil operacionais combatiam 11 incêndios pelas 20h00

Quase dois mil operacionais estavam pelas 20:00 de hoje a combater em Portugal Continental 11 incêndios que “inspiram cuidados”, revelou o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, num ‘briefing’ com jornalistas, em Oeiras.

De acordo com André Fernandes, em declarações na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, concelho de Oeiras, os 11 incêndios “que inspiram cuidados” mobilizavam às 20:00 de hoje 1.842 operacionais, apoiados por 574 veículos e 26 meios aéreos.

Destes fogos, os que “preocupam mais” a ANEPC estão a lavrar nos concelhos de Vila Real (Vila Real), Alenquer (distrito de Lisboa) e Ourém (Santarém).

Segundo André Fernandes, “espera-se que a noite de hoje possa trazer uma janela de oportunidade”, visto que “no litoral espera-se que a humidade relativa do ar suba, chegando a atingir os 90%, e o vento diminua”.

Em Vila Real, também se prevê um aumento da humidade relativa do ar, “até aos 70%” e o vento “vai dar tréguas”.

No entanto, “será uma noite longa de trabalho nestas três ocorrências”, avisou.

“Vamos tentar fazer tudo para dominar o incêndio de Vila Real durante a noite”, afirmou, acrescentando que “é expectável que os fogos de Ourém e Alenquer sejam dominados durante a noite”.

André Fernandes revelou ainda que, pelas 20:00, estavam em fase de “resolução, conclusão e vigilância ativa” 14 incêndios, em dez distritos, que contavam com 637 operacionais a combatê-los.

Hoje, segundo o comandante, “só no Norte” do país registaram-se sete ocorrências significativas, duas das quais de manhã e cinco de tarde.

De acordo com o comandante, “não há registo de evacuações de aldeias ou vilas” durante o dia de hoje. “Poderá ter havido deslocações de alguns habitantes para zonas de apoio, mas não houve necessidade de evacuar aglomerados urbanos”, afirmou.

André Fernandes disse ainda que hoje, até às 20:00, foram assistidos “nos teatros de operações” quatro feridos ligeiros – três bombeiros e um civil -, todos no fogo de Vila Real.

Durante o ‘briefing’, o comandante reforçou várias vezes o apelo ao cumprimento, por parte da população, “de comportamentos cívicos que é necessário adequar face a condições adversas”.

Além disso, André Fernandes apelou ainda “às populações que possam a vir afetadas por algum incêndio” para que “mantenham a calma e libertem as vias de circulação rodoviária, para passagem dos meios de socorro”.

Face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um agravamento do risco de incêndio rural, o Governo determinou no sábado a declaração da situação de alerta no continente, que vigora entre as 00:00 de sábado e as 23:59 de terça-feira.

De acordo com o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, a situação de alerta “será reavaliada na segunda-feira de manhã em reunião”.

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