O alerta para este fogo foi dado cerca das 15:00. As chamas avançam em duas frentes, em zona de mato e pinhal.

"O que tínhamos mais perigoso era aqui Vilela do Douro e está a ficar mais calmo", afirmou o autarca Domingos Carvas.

Junto à aldeia foram posicionados muitos meios, para travar a propagação das chamas.

Num largo da localidade, juntaram-se vários habitantes a observar o fogo.

Entre eles, Maria Angelina disse estar preocupada com a casa da filha, ali próxima, pelo que andou a espalhar água à volta do edifício.

"Tenho medo que o lume venha de baixo para cima e a queime", afirmou à agência Lusa.

Esta noite, assegurou, não vai ter descanso. "Isto começou lá no fundo e depressa chegou aqui perto", frisou.

Domingos Carvas disse que as principais dificuldades no combate a este fogo foram o vento forte, principalmente após as 18:00, que impediu o combate pelos bombeiros.

"Estamos a fazê-lo agora", sublinhou.

A falta de acessos, a orografia do terreno e o mato denso foram outras das dificuldades sentidas pelos operacionais no terreno.

Na operação de combate estão espalhados cerca de 190 operacionais, 50 viaturas e ainda quatro máquinas de rasto, duas delas do Exército.

Este é o segundo grande incêndio a afetar este concelho do distrito de Vila Real no espaço de uma semana.

No dia 13, um fogo queimou três casas em Parada do Pinhão, uma dela habitada, e ainda destruiu cerca de 200 toneladas de lenha que abastecia uma padaria, bem como um trator e maquinaria.

Domingos Carvas mostrou-se preocupado com os incêndios e disse não ter dúvidas de que se trata de fogo posto.

"Isto é fogo posto. Não sabemos quem é, mas não é possível que um incêndio arda sempre à beira de um caminho", salientou.