
Esta ação solidária e apartidária iniciou-se às 17:00 locais (menos uma em Portugal), para coincidir com as ações previstas, em Portugal e inspiradas no movimento "Portugal Contra os Incêndios", e teve lugar junto à embaixada portuguesa na capital dinamarquesa.
"O senhor embaixador, Rui Macieira, fez questão de estar connosco, agradeceu a iniciativa e juntou-se a nós em alguns minutos de silêncio que dedicámos às vítimas e familiares dos terríveis incêndios que vitimaram tantas pessoas no último fim de semana em Portugal", disse à agência Lusa Daniel Carvalho, um dos promotores da iniciativa.
Os participantes, estimados em algumas dezenas, na sua maioria portugueses, mas também da Galiza, Espanha, e dinamarqueses, levaram velas e flores, que depositaram junto à entrada da embaixada, num cenário composto por várias bandeiras portuguesas.
"O tempo frio, acompanhado de chuva, não ajudou, mas estamos satisfeitos com a adesão das pessoas. Os portugueses que aqui vieram, cerca de 50, em representação de muitos outros que não puderam vir, vincaram nesta revolta silenciosa a sua indignação pelo que aconteceu, esperando que sejam tomadas todas as medidas que previnam este tipo de tragédias", sublinhou Daniel Carvalho.
O investigador português na Universidade de Aarhus, de 23 anos, disse ainda esperar que a vigília possa servir para unir ainda mais a comunidade portuguesa, reiterando que, apesar da distância, "todos têm enorme orgulho e muitas saudades do país".
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões norte e centro.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
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