Em conferência de imprensa no posto de comando de operações situado em Avelar (concelho de Ansião, distrito de Leiria), Constança Urbano de Sousa valorizou o contributo dos bombeiros espanhóis, mas alertou que uma "ação eficaz" exige o enquadramento dos portugueses, até para se "garantir a segurança" de todos.
"Estamos numa situação muito excecional que exige medidas excecionais", sustentou a governante, que falava ladeada, entre outros, pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes.
No total, sublinhou, estão em Portugal cerca de 180 bombeiros espanhóis, "sobretudo em Góis", a apoiar as corporações portuguesas.
Constança Urbano de Sousa apelou ainda aos cidadãos a quem as autoridades pediram para abandonar as suas casas para "seguirem as indicações", porque tal é fundamental para assegurar a sua segurança.
Em Pedrógão Grande, onde desde sábado lavra um fogo, foram 13 as aldeias na zona Este do incêndio que foram evacuadas, disse fonte da Proteção Civil.
Em Góis, por seu turno, foi hoje ativado o Plano Municipal de Emergência e 27 aldeias da localidade foram evacuadas.
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço divulgado hoje.
O fogo começou em Escalos Fundeiros e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.
Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.
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