Numa nota com o ponto de situação do incêndio relativo às 21:00, o SRPC informa que estão no terreno “mais de 120 operacionais e mais de uma dezena de meios [veículos], de todos os corpos de bombeiros” da região, assim como dos Açores e da Força Especial de Proteção Civil proveniente do continente.
Durante a tarde de hoje os dois aviões Canadair pedidos pelo Governo português à União Europeia já efetuaram descargas sobre os fogos que lavram na Madeira, complementando a ação do helicóptero do SRPC, o único meio aéreo de que o arquipélago da Madeira dispõe.
Estes dois meios aéreos, disponibilizados ao abrigo da ativação do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, chegaram hoje à ilha do Porto Santo, onde abasteceram, e deslocaram-se depois para a ilha da Madeira para combater as chamas.
“Os aviões Canadair concentraram a sua atuação no combate ao incêndio existente na cordilheira central e efetuaram oito descargas com impacto positivo na redução da intensidade do fogo”, salienta o serviço regional.
“Além disso, só no dia hoje, o helicóptero realizou 35 descargas, focando-se principalmente nas áreas de mais difícil acesso e de maior risco de propagação, nos dois teatros de operações”, acrescenta.
No concelho da Ponta do Sol, “o incêndio mantém-se confinado às zonas altas, longe de áreas habitacionais, e os operacionais no terreno continuam com o objetivo de conter a propagação do fogo e defender as habitações”.
O SRPC assegura ainda que “continua a monitorizar a situação e coordena os esforços para maximizar a eficácia do combate, garantindo a segurança das populações e das equipas no terreno”.
O incêndio na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. Em vários pontos foi, entretanto, sendo extinto.
As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
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