“O incêndio está dividido em três setores: Murça, Carrazeda de Montenegro e Vila Pouca de Aguiar. Neste momento, apenas o de Murça se mantém ativo, com muitos meios no local, encontrando-se os de Carrazeda de Montenegro e Vila Pouca de Aguiar em consolidação e rescaldo”, disse à Lusa o comandante Rodrigo Bretelo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Rodrigo Bretelo destacou que as operações no combate ao incêndio de Murça estão a “decorrer favoravelmente porque no período noturno foi mais fácil o combate devido à baixa temperatura e entrada de alguma humidade”.

“Foi conseguida a maior parte da consolidação das zonas com mais pontos quentes. De qualquer forma derivada à extensão do incêndio, este mantém-se ativo. Mas há sempre receio de novas reativações”, disse.

O comandante da ANEPC adiantou também que o incêndio que lavra em Bustelo, no concelho de Chaves, também no distrito de Vila Real, entrou em fase de resolução cerca das 08:27.

“No entanto, mantém-se a operação no local atendendo à extensão do incêndio. Apenas há uma frente ativa, mas a lavrar em território espanhol. Temos alguma preocupação para o caso dessa frente rumar a Portugal novamente. De qualquer forma, o incêndio foi dominado no território português. Mantemos a vigilância ativa, pois poderá haver reativações”, disse.

Rodrigo Bretelo disse ainda que durante a noite não houve populações em risco, nem localidades evacuadas.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 09:30 combatiam os três incêndios em curso 854 operacionais, apoiados por 281 veículos e cinco meios aéreos.

Mais de 1.300 operacionais combatiam 25 incêndios - entre fogos em curso, resolução e conclusão - em Portugal continental, com o auxílio de 429 veículos e seis meios aéreos.