"Queria fazer um grande apelo à prática de comportamentos absolutos de prevenção", disse Eduardo Cabrita, à margem de uma visita ao Centro de Meios Aéreos de Loulé, no Algarve.

O ministro revelou que, entre janeiro e julho, houve 6.500 incêndios em Portugal, o terceiro menor número de fogos nos últimos dez anos durante o mesmo período.

"A boa notícia é que não foram notícia. Pela intervenção de todos, foram extintos sem riscos de maior. Mas, desses 6.500 incêndios, 70% deveram-se a uso inadequado do fogo, a queimadas ou outras formas de uso inadequado", acrescentou o governante, considerando esse número "um dado preocupante".

Eduardo Cabrita apelou aos portugueses para "respeitarem todas recomendações e limitarem qualquer comportamento de risco", enumerando vários exemplos.

"Não fazer trabalhos agrícolas que propiciem o risco, não usar o fogo, não fazer churrascos, não fazer sardinhadas em zonas de floresta, não lançar foguetes em zonas de risco máximo ou muito elevado", referiu.

O ministro da Administração Interna pediu ainda, nas áreas rurais e agrícolas, a suspensão dos trabalhos "que envolvam utilização de máquinas que possam provocar ignições", garantindo "tolerância zero" em caso de infração.

"A tolerância será zero. Estamos a fazer tudo em matéria de sensibilização, mas a orientação dada às forças de segurança é que, na sua atividade fiscalizadora, a tolerância será zero relativamente a comportamentos de risco", assegurou.

Em Loulé, o ministro observou o dispositivo local de resposta aos fogos e reuniu-se com autarcas e responsáveis regionais da Proteção Civil.

"Estamos, desde início de julho, na fase de prontidão máxima do dispositivo. Neste momento, temos mobilizada toda a nossa capacidade. Estão a regressar da Suécia os meios que disponibilizámos a esse país e temos todo o nosso sistema pré-posicionado", adiantou.

Eduardo Cabrita salientou ainda o "esforço notável" de patrulhamento a nível nacional da GNR e também das Forças Armadas, que na terça-feira reforçaram o seu apoio com mais 19 patrulhas a nível nacional.

Os avisos vermelhos por causa do calor vão estender-se até ao início do dia de sábado em nove distritos do país, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Segundo o IPMA, a temperatura vai subir de forma acentuada em Portugal continental a partir de hoje, mantendo-se muito elevada até ao fim de semana, com os avisos laranja a passarem a vermelhos (o nível mais grave) a partir de quinta-feira e até às 05:59 de sábado.

Os distritos abrangidos pelo aviso vermelho por causa da persistência de valores elevados da temperatura máxima são Bragança, Évora, Guarda, Vila Real, Santarém, Beja, Castelo Branco, Portalegre e Guarda.

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