De acordo com o comandante-geral da GNR, Luís Botelho Miguel, foram recebidas este ano 3.818 denúncias relacionadas com a defesa da floresta contra incêndios, o que representa já mais de 2.000 denúncias em comparação com as 1.740 registadas em 2017.
Na apresentação de resultados das iniciativas sobre prevenção e combate a incêndios, que decorreu em Lisboa, a GNR revelou que foram levantados, até 31 de maio deste ano, 1.946 autos por falta de limpeza de terrenos, “dos quais 535 foram já anulados”.
Até 30 de junho, o número de autos registados pela GNR aumentou para 3.390, distribuídos pela rede viária (176), rede ferroviária (21), rede de transporte de energia elétrica (51) e rede de transporte de gás natural (3).
A fiscalização da GNR resultou ainda em processos de contraordenação relacionados com queimadas (274) e queima de sobrantes e realização de fogueiras (132), avançou o comandante-geral.
Da vigilância das florestas, este ano foram detidas 79 pessoas, o que representa mais 60 pessoas detidas em comparação com as 19 detidas durante 2017.
No âmbito da defesa da floresta contra incêndios, até junho deste ano, foram identificadas 680 pessoas, registadas 6.108 ocorrências, 3.053 crimes e 3.941 contraordenações, com a participação de 20.769 patrulhas, indicou Luís Botelho Miguel.
O comandante-geral da GNR destacou o alargamento do ataque inicial a todo o território nacional e a reposição da capacidade das companhias do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), designadamente o recrutamento interno de 482 militares, passando a um total de 1.061 militares, o processo de receção de 41 viaturas ligeiras de combate a incêndios com kit, a aquisição de 17 rádios de banda aérea e a distribuição de um equipamento de proteção individual por cada militar de ataque inicial.
No reforço da capacidade de proteção da natureza e ambiente, a GNR procedeu ao recrutamento interno de 100 militares, dispondo agora de aproximadamente 750 militares.
O responsável da GNR avançou que os próximos passos são o reforço do efetivo em 200 guardas florestais, a aquisição de fardamento para guardas florestais, a formação dos militares em coordenação aérea, a receção do restante equipamento para proteção e socorro até setembro deste ano e a receção de mais 55 viaturas.
Em termos de dimensionamento do sistema e recursos, Luís Botelho Miguel afirmou que houve um aumento de recursos humanos e de meios terrestres este ano comparativamente aos que existiam em 2017.
Na sessão de apresentação dos resultados das iniciativas sobre prevenção e combate a incêndios, que contou com a participação do primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, realçou também o trabalho realizado pela empresa pública em termos de faixas de gestão de combustível na rede rodoviária e ferroviária.
“Atualmente, temos mais de 1.000 quilómetros já executados - em pouco mais de um mês de efetiva atividade –” em termos de faixas de gestão de combustível na rede rodoviária nacional, indicou o presidente da IP, indicando que a empresa tem que assegurar a limpeza de cerca de 6.400 quilómetros.
A IP definiu como objetivo para 2018 intervir em 12.800 hectares da rede rodoviária, com um investimento de 19 milhões de euros, e intervir em 2.500 hectares da rede ferroviária, com um investimento de 9,2 milhões de euros.
[Notícia atualizada às 18:01]
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