“O prazo terminou no dia 30 de novembro. Deram entraram 286 candidaturas, que representam um total de 6,8 milhões de euros, e até ao dia de hoje, foram aprovadas 131 candidaturas. Estas pessoas têm de imediato acesso ao financiamento daquilo que foi o pedido apresentado”, referiu Miguel Freitas à agência Lusa.

Perante as queixas de alguns agricultores face ao atraso da resolução deste processo, após os incêndios registados na serra de Monchique (distrito de Faro) no início do mês de agosto, o secretário de Estado explicou que a demora teve como base o pedido de adiamento por parte de diversas entidades.

“O anúncio inicial tinha como prazo 30 de setembro, mas foi pedido sucessivamente o adiamento do prazo da apresentação dessas candidaturas, quer pela Câmara de Municipal de Monchique, quer por parte das organizações de produtores que estavam a acompanhar os agricultores nas suas candidaturas”, descreveu.

O secretário de Estado afirmou ainda que este processo está a ser analisado pelas entidades responsáveis “com esforço, empenhamento e com a vontade de o mais rapidamente possível fazer a análise e aprovação das restantes candidaturas”.

O governante falava à Lusa no âmbito da primeira de seis operações de estabilização de emergência do território, que envolveram diversas entidades: o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Autoridade Nacional de Proteção Civil, os Sapadores Florestais, a Força Especial de Bombeiros e o Grupo de Intervenção Proteção e Socorro da GNR.

Esta ação, que tem como objetivo a prevenção de incêndios, começou hoje a ser posta em prática nas áreas da Herdade da Talhadinha e na Herdade do Barreiro (Silves), e prolonga-se até à próxima sexta-feira.

Até ao final do mês de janeiro, estão previstas mais cinco operações ao longo do território entre Silves e Monchique.

O fogo que deflagrou no dia 03 de agosto na zona da Perna Negra, na serra algarvia, foi o maior registado este ano em Portugal, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão, no distrito de Faro, e de Odemira, no distrito de Beja.

No total o incêndio destruiu 74 casas, 30 das quais de primeira habitação, e mais de 27 mil hectares de floresta e de terrenos agrícolas.