Ressalvando por diversas vezes que os meios de combate aos incêndios não são uma matéria da competência do seu Ministério, Luís Capoulas Santos, que participa, no Luxemburgo, numa reunião de ministros da Agricultura da União Europeia (UE), observou que, mesmo apesar do contexto pouco habitual de “temperaturas de 35 graus em pleno mês de outubro”, haverá certamente mão criminosa na origem de muitos fogos.

“Tive oportunidade de ver na comunicação social uma multiplicidade inusitada de incêndios e, ao que parece, uma boa parte deles deflagrados durante a madrugada, que é precisamente quando não podem ser combatidos e quando dão a garantia de que só várias horas depois, com o amanhecer, é que não podem ser combatidos”, apontou.

Para Capoulas Santos, há que “responder às alterações climáticas, se é disso que se trata”, mas também encontrar uma resposta mais eficaz para “a componente criminal” dos incêndios.

“Se se autuam e são punidos condutores que vão em excesso de velocidade, temos que encontrar, por mais difícil que seja detetar e identificar, responsáveis”, defendeu, considerando que, “apesar das mais de 130 detenções que já foram efetuadas este ano”, é “necessário agir muito sobre a componente criminal, porque se esta não for eliminada, pode haver o melhor sistema de ordenamento, pode haver o melhor sistema de combate, mas obviamente o crime exige também uma resposta”.

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