Carlos Carvalho sofreu ferimentos graves no incêndio que ocorreu no dia 13 deste mês no concelho de Castro Verde, distrito de Beja, referiu o comandante dos Bombeiros Voluntários de Cuba, José Galinha.
O bombeiro foi transportado de helicóptero, no mesmo dia, com queimaduras graves, para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde hoje morreu.
Este é o quarto bombeiro a morrer em contexto de combate a incêndios em Portugal no mês de julho.
Segundo José Galinha, o outro bombeiro da corporação de Cuba, Carlos Heleno, de 30 anos, que também sofreu queimaduras graves no combate ao mesmo incêndio, está em "situação estável" no Hospital de São José, em Lisboa, para onde foi transportado de helicóptero.
Nas operações de combate ao fogo, que deflagrou na tarde de 13 de julho, no concelho de Castro Verde, outros três bombeiros, das corporações de Ferreira do Alentejo, Castro Verde e Alvito, sofreram ferimentos ligeiros.
O chefe do Governo, António Costa, apresentou hoje “sinceros sentimentos” a família, amigos e Bombeiros Voluntários de Cuba pela morte do bombeiro.
“Foi com profunda consternação que tomei conhecimento da notícia do falecimento do bombeiro Carlos Carvalho. Após vários dias a lutar pela vida, Carlos Carvalho acabou por não resistir. Neste momento de profunda dor, os meus pensamentos estão com a família, os amigos e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cuba”, lê-se em nota de pesar do gabinete do primeiro-ministro.
António Costa, em seu nome e do Governo, prestou “sinceros sentimentos”.
“Uma palavra de solidariedade também para com os restantes bombeiros que ficaram feridos naquele combate, a quem desejo as sinceras melhoras. Transmito aos bombeiros e a todos quanto estão empenhados no combate aos incêndios uma palavra de solidariedade, incentivo e agradecimento pelo trabalho que realizam por Portugal e por todos nós”, declarou ainda o chefe do executivo socialista.
O ministro da Administração Interna manifestou também "profunda consternação" pela morte do bombeiro Carlos Carvalho, dos Bombeiros da Cuba (Beja), que não resistiu aos ferimentos sofridos no combate ao incêndio no concelho de Castro Verde.
Numa nota de pesar, Eduardo Cabrita refere que foi com “enorme tristeza" que recebeu hoje a notícia da morte do bombeiro Carlos Carvalho, dizendo que o momento é de "profunda consternação e endereçando pêsames à família, amigos e à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Cuba”.
"Gostaria ainda de manifestar os meus votos de recuperação ao bombeiro Carlos Heleno, também do Corpo de Bombeiros da Cuba, igualmente ferido neste incêndio", acrescenta o ministro.
Nas palavras de Eduardo Cabrita, neste momento de pesar é "tempo ainda de recordar e enaltecer o compromisso e o empenho com que, diariamente, milhares de bombeiros de todo o país contribuem de forma decisiva para a defesa da floresta contra incêndios e para a salvaguarda de todos os portugueses".
O incêndio agrícola, que foi dado como dominado às 02:22 do dia 14 deste mês, devastou uma área estimada em mais de dois mil hectares de seara, pasto e mato, segundo o comandante dos bombeiros locais, Vítor Silva.
Segundo autoridades locais, foram destruídos três por cento da área da Reserva da Biosfera da UNESCO em Castro Verde, uma zona de proteção especial de aves.
O combate às chamas, que obrigou ao corte do trânsito na Estrada Nacional 2 e no Itinerário Principal 2, chegou a mobilizar 165 operacionais, com o apoio de 60 veículos e três meios aéreos.
O alerta foi dado às 17:07 do dia 13, tendo o fogo de "grandes dimensões" deflagrado em Lagoa da Mó, perto de Casével.
O ministro da Administração Interna determinou, na altura, a abertura de um inquérito ao incêndio florestal.
(Artigo atualizado às 17:33)
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