“Hoje ficou decidido que até ao final de outubro manteremos um nível de prontidão muito elevado, tendo cerca de 7.600 operacionais permanentemente ao serviço do sistema, aos quais poderão acrescer imediatamente, se necessário, cerca de 2.000 da área do ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas]”, disse aos jornalistas Eduardo Cabrita.
O ministro, que hoje de manhã presidiu à reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPEC), adiantou que existirá também “uma prontidão muito elevada de meios aéreos”.
“Ainda no sábado passado tivemos 101 incêndios e 26 intervenções com meios aéreos. Esta é uma matéria que teremos de continuar com uma plena vigilância e com uma plena atenção”, sustentou.
A diretiva operacional que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) deste ano indica que número de meios terrestres e aéreos é reduzido a partir de quarta-feira, após terminar hoje o nível III de empenhamento operacional, em que estiveram mobilizados, desde o início do mês, 9.279 elementos, 1.972 veículos e 60 aeronaves.
A diretiva operacional que estabelece o DECIR indica que a partir de quarta-feira o envolvimento dos meios de combate vai estar no nível II, passando a estar no terreno as forças de empenhamento permanente e 39 meios aéreos, mas “a avaliação do perigo e do risco determinará o nível de empenhamento adicional de meios”.
A reunião na ANEPC acontece no dia em que se assinalam dois anos dos incêndios de 15 de outubro de 2017, em que 50 pessoas perderam a vida.
Eduardo Cabrita destacou que Portugal está hoje “melhor preparado, com mais meios e com uma relação de articulação entre todas as instituições que tem produzido resultados”.
De acordo com o ministro, nos últimos dois anos foram obtidos resultados que permitiram “reconstruir a confiança no sistema de proteção civil”.
“Temos até hoje uma redução do número de ocorrências em 45% relativamente à medida dos últimos 10 anos e uma redução de área ardida de 66% relativamente à média dos últimos 10 anos”, disse, frisando que 2019 regista a segunda menor área ardida e de número de ocorrências de incêndios desde 2009.
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