O requerimento proposto pelo PSD foi aprovado na reunião daquela comissão parlamentar, com a abstenção do PS, que contestou o “retrato” traçado pelos sociais-democratas sobre o ponto em que está o dispositivo de combate a incêndios no terreno.
Votando a favor da audição, o deputado do PCP António Filipe observou que “não há semana em que o PSD não proponha uma audição” ao ministro da Administração Interna, ironizando que os sociais-democratas querem criar a figura do “debate quinzenal” com o ministro Eduardo Cabrita.
“As trapalhadas do MAI obrigam a que ele seja chamado mais vezes”, justificou a deputada do PSD Emília Cerqueira, considerando que os “anúncios” feitos pelo ministro nestas matérias “não descansam” e “são sistematicamente desmentidos pela realidade”.
“Urge ouvir o ministro da Administração Interna face a sucessivos adiamentos da colocação do dispositivo no terreno quando estamos em época de incêndios”, disse.
A deputada defendeu que o ministro deve explicar qual o ponto da situação na contratação dos meios aéreos de combate aos fogos e em que condições foram realizados aqueles contratos.
O PSD quer ainda perceber se os equipamentos de proteção individual, como capacetes e óculos, e o material que vai ser usado pelos militares do Grupo de Intervenção e Socorro (GIPS) no terreno já foram entregues e qual o ponto da situação nas limpezas das matas, propondo urgência na audição.
Pelo PS, o deputado Filipe Neto Brandão defendeu que a comissão competente para a matéria seria a comissão parlamentar de Agricultura e contestou o “retrato” feito pelo PSD que disse já ter sido “infirmado pelo ministro”.
A próxima audição regimental ao ministro da Administração Interna está prevista para dia 26 de junho.
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