Em comunicado enviado à agência Lusa, o presidente do Conselho Empresarial da Região de Viseu (CERV), João Rebelo Cotta, refere que “é de todo o interesse que estas empresas iniciem o mais rápido possível a sua recuperação produtiva”.

“Tal exige que os empresários mantenham o impulso empreendedor e que o Estado crie as condições para incentivar o investimento, acelerar a recuperação e permitir que as medidas excecionais apresentadas pelo Governo sejam céleres e cheguem aos seus destinatários”, defende.

No entender do CERV, deveria ser “estruturado um programa de relançamento económico e social da região de Viseu que inclua as várias atividades económicas e que permita potenciar os meios destinados a este território”.

“Este plano de emergência e de recuperação económica passa por decisões céleres do Governo, pelo acionamento dos meios financeiros adequados e por uma estrutura próxima, em diálogo com as autarquias e associações empresariais”, propõe.

Segundo João Rebelo Cotta, o CERV está “disponível para colaborar com todas as entidades regionais e nacionais envolvidas nesta matéria, para que as medidas propostas pelo Governo sejam eficazes na sua implementação”.

Uma maior aposta na proteção e aproveitamento de todas as potencialidades da floresta, “através de medidas de gestão integrada, valorizando as ações que promovam as funções ecológicas, sociais e culturais dos espaços florestais, em articulação com a implementação de medidas de prevenção e gestão estratégicas de risco de incêndio”, é outra proposta que deixa.

O CERV contabilizou centenas de empresas “diretamente atingidas pelos incêndios, algumas com a destruição completa de fábricas e explorações agrícolas, pecuárias e agroindustriais”.

Trata-se de “um número significativo de empresas que viram a sua capacidade produtiva fortemente reduzida e, por conseguinte, um impacto social significativo, quer nos trabalhadores diretamente afetados, quer na economia regional e nacional”, acrescenta.

Na sua opinião, a situação de interioridade da região de Viseu “potencia ainda mais os impactos com a perda de empresas e os respetivos postos de trabalho”.

“Existe todo um ecossistema económico-social, local e regional que depende direta e indiretamente das empresas atingidas e dos seus trabalhadores”, alerta.