“A vinda destes peritos não tem a ver se nós fomos ou não ignorados, nós temos saber e conhecimento nas nossas universidades”, disse o presidente da ANPC, general Mourato Nunes, numa audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Mourato Nunes foi questionado pelos deputados sobre a notícia de hoje do Diário de Notícias, que dá conta de uma tensão entre a recém-criada Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) e a ANPC devido à vinda a Portugal de três peritos da União Europeia (UE) para aconselhar as autoridades nacionais na prevenção e combate a incêndios.

Segundo o jornal, os especialistas são espanhóis, chegaram a Portugal na segunda-feira e vão permanecer por três semanas.

Mourato Nunes respondeu que “há pessoas em Portugal a trabalhar bem e com a ANPC”, inserindo-se a deslocação dos peritos estrangeiros a Portugal na “perspetiva de permuta de conhecimento”.

“A existência de peritos insere-se num conjunto de permutas, de conhecimentos e de tecnologias com especialistas nesta área, que há muitos no nosso país, e que a estrutura de missão entendeu que estes eram peritos que têm um grau de conhecimento e de experiência que nos podiam trazer um conjunto de informação útil para aquilo que eram os ‘workshops’ que temos em desenvolvimento. Como tal, é dentro destas linha que se devem inserir”, explicou aos jornalistas o presidente da ANPC no final da audição.

Mourato Nunes sublinhou que “há competências enormes dentro do nosso país” e que as universidades estão a trabalhar nestas matérias há muitos anos em modelos, simulações e estudos, sendo a ANPC “solicitada em permanência para integrar esses grupos e essas estruturas”.

“Queremos ter o que mais moderno existe em sistema de apoio à decisão e em sistema de simulação. Estamos interessados nisso. Mas, para podermos ter o que de melhor há, temos que o conhecer seja no país ou no estrangeiro”, disse, sustentando que o desejável é que seja em Portugal.

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