Numa entrevista publicada hoje no jornal Ouest-France, Noël Le Graet garantiu ter escrito ao presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), Claudio Tapia, a queixar-se de comportamentos que considerou “inapropriados no contexto do desporto” e que classificou como “incompreensíveis”.
Nos festejos no balneário pela vitória na final do Mundial, decidida no desempate por penáltis a favor da Argentina, no último domingo, o guarda-redes Emiliano Martínez pediu “um minuto de silêncio em memória de Kylian Mbappé”.
Já em Buenos Aires, o guardião sul-americano voltou a aludir ao avançado do Paris Saint-Germain, desfilando no autocarro que levava os novos campeões mundiais com um boneco de um bebé no qual estava colada uma fotografia da cara de Mbappé, com uma expressão triste.
Na festa do título na sua cidade natal, Mar del Plata, Martínez afirmou perante mais de 100.000 pessoas que Aurélien Tchouaméni, um dos jogadores franceses que falhou uma grande penalidade, “se borrou todo” antes do pontapé decisivo.
Na quinta-feira, o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, pediu, em entrevista a uma rádio, que a FIFA investigue os insultos “indignos” proferidos por jogadores argentinos contra os futebolistas franceses.
“São insultos indignos, e a FIFA o que faz? O desporto deve ser sempre limpo e os jogadores têm de mostrar respeito uns pelos outros, quer ganhem quer percam”, disse o governante.
Na terça-feira, a FFF anunciou, sem divulgar mais pormenores, que iria denunciar os autores dos insultos racistas proferidos contra os jogadores da seleção após a derrota com a Argentina na final do Mundial2022.
A França, que procurava revalidar o título, foi derrotada no domingo pela Argentina na final do Mundial, no desempate por grandes penalidades (4-2), após o empate 3-3 no final do prolongamento, naquela que foi a terceira conquista dos sul-americanos, depois dos triunfos em 1978 e 1986.
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