O ex-presidente da Catalunha foi detido na quinta-feira em Itália, na sequência de um mandado de captura europeu, mas foi libertado no dia seguinte, estando permitido de circular para fora de território italiano.
Hoje, numa conferência de imprensa em Alguer, na Sardenha, Puigdemont afirmou que na segunda-feira irá participar numa reunião em Bruxelas, da comissão de comércio externo, da qual diz ser membro, e que continuará a viajar pela Europa.
“A 4 de outubro apresentar-me-ei no tribunal de Sassari (Sardenha). Estarei efetivamente presente, pois apresento-me sempre que sou convocado pelos tribunais”, afirmou o independentista.
O Supremo Tribunal espanhol, que emitiu um mandado de captura internacional, visou Puidgemont pelos crimes de rebelião e desvio de fundos, entre outros, pelo seu papel na organização do referendo ilegal na Catalunha a 01 de outubro de 2017.
Em fuga desde então, devido ao seu papel na tentativa falhada de independência da região espanhola da Catalunha, Carles Puigdemont continua a ser procurado pelo sistema judicial espanhol, que o acusa de “sedição” e “apropriação indevida de fundos públicos”.
O líder independentista já tinha sido preso na Alemanha em março de 2018, a pedido de Espanha, mas foi libertado alguns dias depois de os tribunais alemães terem retirado a acusação de “rebelião”, que desde então foi reclassificada como “sedição”.
Membro do Parlamento Europeu desde 2019, o ativista pró-independência recebeu, durante algum tempo, imunidade parlamentar, mas o Parlamento Europeu levantou-a a 9 de março último, por uma grande maioria, medida que foi confirmada a 30 de julho pelo Tribunal da União Europeia.
Alguns observadores receiam que esta detenção de Carles Puigdemont aumente o risco de uma nova crise entre Madrid e o movimento independentista na região autónoma, numa altura de relativo desanuviamento entre as duas partes.
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