“Recebemos às 11:25 o alerta para o acidente [da queda do ‘Canadair’]. Às 12:28, chegou ao local o primeiro helicóptero do INEM mobilizado para o acidente. Aterrou a 300 metros do acidente porque não foi possível aterrar mais perto. Às 12:43, a equipa do INEM, que fez o resto do percurso a pé, estava junto da vítima a prestar-lhe socorro”, disse à agência Lusa fonte oficial do INEM.
O Instituto rejeitou assim que tenha havido atrasos no socorro às duas vítimas do acidente e a fonte contactada pela Lusa acrescentou que o piloto português, de 65 anos, estava “em paragem cardiorrespiratória” quando chegou ao local a equipa do INEM, que fez manobras de suporte básico de vida “sem conseguir reverter a paragem”.
Na sua edição de hoje, o JN noticia que, “à falta de uma aeronave adaptada ao socorro aéreo em zonas montanhosas, falha apontada à Proteção Civil há vários anos, o héli do INEM só chegou ao local às 14.28 horas, quando a queda do avião se deu às 11.19 horas, e ainda teve de pousar a 300 metros dos operacionais que estavam num terreno que já fica do lado espanhol do Gerês”.
O INEM esclareceu que, depois das 11:25, hora a que receberam o alerta para o acidente, acionaram uma ambulância e, pelas 11:27, uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER).
Pelas 11:30, foi acionado o helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros que acabaria por ser o primeiro dos meios do INEM a chegar ao local, às 12:28.
Foi ainda acionado outro helicóptero do INEM, de Viseu.
A fonte do INEM ouvida pela Lusa explicou ainda que, “como o acidente aconteceu do lado espanhol, foi um helicóptero espanhol de resgate que levou a vítima para junto desse helicóptero de Viseu, que entretanto chegou”.
O primeiro Comandante Operacional Distrital de Viana do Castelo disse no sábado, em declarações aos jornalistas no posto de comando instalado na freguesia de Lindoso, concelho de Ponte da Barca, que o acidente do ‘Canadair’ foi detetado “quase simultaneamente” à descolagem do helicóptero de reconhecimento”.
“Foi detetado de imediato”, informou Marco Domingues, adiantando que o co-piloto, de nacionalidade espanhola, que sofreu ferimentos graves, foi transportado por via aérea para o hospital de Braga.
O CODIS acrescentou que o acidente vai ser investigado pelas autoridades espanholas, por ter ocorrido em território espanhol.
Cento e cinquenta operacionais combatiam às 12:15 o incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês, em Lindoso, Ponte da Barca, que não contou hoje de manhã com a ajuda dos meios aéreos por causa da nebulosidade, segundo fonte da Proteção Civil.
Entretanto, ainda no sábado, o Ministério da Administração Interna determinou à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a abertura de um inquérito ao incêndio, no âmbito do qual ocorreu o acidente com a aeronave portuguesa que estava a combater as chamas e que causou a morte do piloto.
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