Em cinco anos, registou-se a saída de mais de 250 profissionais, noticia a edição desta quarta-feira do Jornal de Notícias.

Desde 2019, foram 35 os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) que denunciaram os seus contratos ainda no período experimental. Além desses, durante o mesmo período, outros 67 TEPH e cinco enfermeiros abandonaram o INEM.

De acordo com a notícia, há anos que o mapa de pessoal do INEM apresenta um défice de centenas de recursos humanos, sendo que, atualmente, existem 225 postos de trabalho vagos, dos quais 85 estão cativos por se tratar de profissionais que saíram em regime de mobilidade para outros organismos do Estado.

Para Pedro Moreira, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), entre as razões que levam à procura de melhores soluções está a remuneração pouco atrativa à entrada na carreira (próxima do ordenado mínimo), o trabalho por turnos e a exposição a vários riscos.

O Orçamento de Estado de 2020 visa a autorização da contratação de 196 TEPH, mas o concurso não abriu. No entanto, o INEM terá assegurado ao JN que iniciou o processo de contratação e que está a cumprir os "requisitos legais e procedimentos necessários para a abertura do concurso".

Já a proposta de Orçamento de Estado para 2021, ainda por aprovar, reitera a autorização de contratações por parte do INEM, visando o recrutamento de 261 profissionais e cujos procedimentos devem ser realizados no primeiro trimestre.

Segundo o JN, desde 2015 até agosto deste ano, o INEM recebeu 380 TEPH e saíram 253. Cinco anos de procedimentos abertos registaram um saldo positivo de 127 técnicos. A falta de recursos humanos leva à inoperacionalidade dos meios, além de condicionar o crescimento da rede de emergência.