O ano de 2020, devido à pandemia, trouxe contratempos a várias áreas. No que diz respeito ao INEM a situação não foi diferente. Diz o Jornal de Notícias (JN) que as contas sofreram um "rombo" de cerca de 90 milhões de euros, o que impossibilita investimentos que estavam anteriormente previstos, como a renovação das frotas de ambulâncias dos bombeiros.
De acordo com o jornal, "praticamente toda a verba dos saldos de gerência acumulados dos últimos anos do instituto foi canalizada para a compra de equipamentos de proteção individual (EPI) e ventiladores para ajudar o Serviço Nacional de Saúde na resposta à pandemia". Quanto a valores, o INEM tinha em saldo de gerência cerca de 90 milhões de euros, tendo no ano passado ficado reduzido a menos de 200 mil euros.
Com isto, para onde foi o dinheiro? De acordo com o JN, que refere um documento publicado com as contas do instituto, entre março e abril de 2020 "o INEM entregou 19 milhões de euros do saldo de gerência à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e, por despachos do secretário de Estado do Orçamento, foi chamado a contribuir com 3,7 milhões de euros para o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge e com 67,2 milhões para a Direção-Geral da Saúde".
Ao jornal, o INEM explica que a pandemia fez com que fossem canalizados "recursos financeiros significativos para áreas não previstas inicialmente no orçamento de 2020" e que "foi chamado a dar o seu contributo para este esforço coletivo". Assim, "este novo cenário originou, naturalmente, a necessidade de recalendarização dos investimentos que estavam previstos".
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