Na primeira reação da noite aos dados já conhecidos das eleições autárquicas deste domingo, que até ao momento apenas dão a eleição de dois deputados municipais ao PAN, Inês de Sousa Real subiu ao púlpito na Biblioteca dos Corichéus, em Lisboa, para dizer que a noite ainda é “uma criança”.
“Vamos aguardar porque hoje vai ser uma noite muito longa, vamos aguardar o apuramento dos restantes votos, com serenidade e confiança no trabalho que fizemos, mas acima de tudo no trabalho que acredito e acreditamos todos que continuaremos a fazer. Força PAN!”, declarou a líder.
Questionada sobre se mantém a confiança em eleger mais deputados municipais ou até um vereador, o grande objetivo da noite eleitoral do PAN, a porta-voz respondeu: “Evidentemente que sim”.
Naquelas que são as primeiras eleições com Inês Sousa Real à frente do PAN, a líder acrescentou que está a acompanhar a noite eleitoral “com muita tranquilidade”, certa de que “o PAN é a única alternativa no atual panorama político nacional, o único partido que defende de forma integrada os direitos humanos e sociais, que luta também pelos direitos dos animais e pela preservação da natureza” e o único que assume a necessidade “de um planeta mais vivo, custe a quem custar”.
“E mesmo que não tenhamos, muitas das vezes, do nosso lado, outras forças políticas, continuaremos sempre a enfrentar os interesses que até aqui têm estado instalados e não esquecer que o poder local tem e terá sempre uma palavra a dizer naquilo que é a preservação das nossas cidades, tornando as cidades protetoras da Terra”, advogou.
Sobre se prevê uma má noite para o partido, que em 2017 elegeu 27 deputados municipais e seis em assembleias de freguesia, Inês Sousa Real respondeu que “ainda é cedo para qualquer tipo de conclusão, tendo em conta não só o apuramento nas áreas metropolitanas e também onde o PAN apresentou candidaturas que ainda se encontra por realizar”.
“Seja qual for o resultado, o PAN tem a plena consciência que não deixará de trabalhar com e para as pessoas em prol das causas que acredita e que defende”, vincou.
Num discurso em que voltou a lamentar os números da abstenção nestas autárquicas, que rondam os 45 a 50%, de acordo com projeções divulgadas pela RTP e pela SIC, a porta-voz do PAN disse que esta “é uma noite que já de si é histórica”, destacando que o partido se apresentou a 44 assembleias municipais, a 43 câmaras municipais, 69 juntas de freguesia, chegando desta forma a mais 11 municípios do que em 2017″.
“O PAN apostou por fazer um caminho de consolidação, um caminho de se apresentar onde tem trabalho feito e onde conhece a população, um caminho de proximidade e de crescimento que o partido tem vindo a traçar, e por essa razão devemos estar hoje mais do que orgulhosos daquele que tem sido e continuará a ser o nosso trabalho”, sublinhou.
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