Segundo a BBC, o agente, que foi exonerado, recolheu a adolescente na rua e agrediu-a sexualmente três dias depois de tê-la conhecido durante uma intervenção policial em sua casa por um incidente doméstico em outubro de 2017. Depois de contactá-la através das redes sociais, o Naude violou-a no seu carro enquanto gravava o ato no seu telemóvel.
Ian Naude, de 30, negou ao júri a acusação de violação e de assédio sexual, defendendo que a menor consentiu em fazer sexo e que "parecia estar a gostar".
Naude foi destacado para uma unidade que se ocupa de jovens vulneráveis na polícia de Cheshire, ainda que, como se veio a revelar durante o julgamento, já tivesse antes sido citado judicialmente como suspeito de crimes sexuais noutros departamentos da corporação policial.
"Para impor a sua vontade a uma jovem (...) o senhor usou e abusou da sua posição como oficial de polícia de Cheshire, permitindo-se, assim, a satisfazer a sua luxúria e perversão", declarou o juiz Clement Goldstone, ao pronunciar a sentença ao fim de duas semanas de julgamento.
O procurador responsável pela acusação, Owen Edwards, descreveu Naude como um "pedófilo comprometido", alegando que este juntou-se à polícia "com a intenção de explorar o acesso que obteria junto de meninas jovens e vulneráveis".
Natural de Market Drayton, vila do condado de Shropshire, confessou cerca de outros 30 delitos, incluindo incitar menores a manterem atividades sexuais e a tirarem fotografias delas. Reconheceu ter mais de 1.400 imagens, algumas de bebés de 18 meses, obtidas através de contas falsas de Facebook e Snapchat, fazendo-se passar por um jovem de 15 anos chamado Jake Green.
De acordo com uma declaração lida em tribunal, a mãe da rapariga atacada disse que a vitima já não era capaz de sair da casa sem família ou amigos por perto e que não conseguia passar junto da esquadra de polícia local. Já outros pais acusaram Naude deste levar as suas filhas à auto-mutilação depois chantageá-las e ameaçá-las, persuadi-las a enviar-lhe fotografias despidas e responder com vídeos em que se expunha a masturbar-se.
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