O contrato para o início das obras de recuperação dos pavilhões, empreitada orçada em 815 mil euros, e das muralhas da frente marítima, no valor de 144 mil euros, foram assinados, informou a DGPC à agência Lusa.
As obras vão decorrer durante seis meses.
O investimento de 3,5 milhões de euros na Fortaleza de Peniche, no distrito de Leiria, é uma das prioridades do Ministério da Cultura no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).
Referindo-se ao OE2019, o primeiro-ministro, António Costa, disse recentemente que o Ministério da Cultura vai ter, no próximo ano, o “maior orçamento de sempre” e referiu como um dos projetos prioritários o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche, num investimento estimado em 3,5 milhões de euros.
Para 2019, o orçamento da DPGC vai ter um aumento de 9,3 milhões de euros, justificado pela diretora-geral, Paula Silva, com as candidaturas a fundos europeus de obras como o do Museu da Resistência e Liberdade.
O investimento na recuperação da Fortaleza e da respetiva muralha e de instalação do Museu Nacional da Resistência e Liberdade está estimado em 3,5 milhões de euros, dos quais três milhões são financiados por fundos comunitários e os restantes 500 mil euros pelo Orçamento do Estado.
A Fortaleza de Peniche está encerrada ao público desde meados de novembro de 2017.
Em maio deste ano, o arquiteto João Barros Matos foi selecionado para elaborar o projeto de arquitetura para o Museu Nacional da Resistência e Liberdade pelo júri do concurso lançado para o efeito pela DGPC.
No final de abril deste ano, a Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica, presidida pela DGPC, entregou ao então ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, o guião para os conteúdos do Museu, que vai ter 11 núcleos temáticos.
Em abril de 2017, o Governo aprovou em Conselho de Ministros um plano de recuperação da Fortaleza de Peniche para instalar um museu nacional dedicado à luta pela liberdade e pela democracia, na antiga prisão da ditadura do Estado Novo destinada a presos políticos.
Em setembro de 2016, a Fortaleza de Peniche foi integrada pelo Governo na lista de monumentos históricos a concessionar a privados, no âmbito do programa Revive, mas passados dois meses foi retirada, pela polémica suscitada.
Em abril de 2017, a Assembleia da República defendeu em plenário, da esquerda à direita, a requalificação e a preservação da sua memória histórica enquanto ex-prisão política da ditadura.
A fortaleza, classificada como Monumento Nacional desde 1938, foi uma das prisões do Estado Novo de onde se conseguiu evadir, entre outros, o histórico secretário-geral do PCP Álvaro Cunhal, em 1960, protagonizando um dos episódios mais marcantes do combate ao regime ditatorial.
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