No encerramento da sua audição na comissão parlamentar de inquérito à gestão e recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, Manuel de Oliveira Rego pediu ao acionista Estado, que detém 100% da CGD, que "fizesse uma intervenção objetiva, pelo menos cada ano e aquando da apresentação de contas".

Para o ex-revisor oficial de contas da CGD, o Estado "tem capacidade para isso e tem de fazer essa declaração", bem como dizer se os órgãos sociais da Caixa "estão a cumprir ou não" as suas funções.

"E se não estão a cumprir, tem a oportunidade de os demitir", vincou.

O antigo revisor do banco público considerou "importante para o funcionamento da Caixa" essa intervenção, salientando que é necessário o acionista "preparar a sua intervenção", bem como se "documentar".

No encerramento da audição, o deputado do PS Fernando Rocha Andrade relevou que se tratou de uma sessão "com respostas", mas lamentou a falta de documentação da Oliveira Rego & Associados, considerando que "tinha sido mais profícua" se esta tivesse existido.

Relativamente a casos específicos, como a Investifino, a compra de ações para o BCP, ou a Metalgest, tanto Liliana Silva, do PSD, como João Almeida, do CDS-PP, tentaram obter respostas, mas Pedro Miguel Bastos, da Oliveira Rego & Associados, optou por não se referir a casos concretos.