Cristas reagia ao anúncio de que a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica, a ASAE, vai investigar a origem dos fundos recolhidos pelos enfermeiros através de 'crowdfunding' para as greves dos últimos tempos.
A lei “tem de ser estritamente cumprida, com certeza, e tem de ser verificado se a lei é ou não é cumprida”, defendeu a presidente do CDS-PP, acusando a esquerda de não ter tido a mesma postura no passado.
“Em relação a questões de financiamento, durante anos, assistimos a coisas noticiadas abundantemente de apoio das câmaras mais à esquerda a numerosas manifestações e greves, apoios vários, nomeadamente transportando os manifestantes e grevistas para os locais, e aí não creio que tenha havido tanta preocupação com escrutínios”, afirmou.
Para o CDS-PP, o mais importante de tudo é garantir que se passa a uma outra fase, a da paz social que, entende, “neste momento está a escassear no nosso país”.
“Daí termos lançado o nosso apelo ao Presidente da República que certamente encontrará o melhor momento e a melhor forma de o fazer para ajudar a moderar um conflito que deixa mal os utentes, os doentes, quem precisa de recorrer ao hospital”, reiterou.
Assunção Cristas falava na Feira do Fumeiro, em Vinhais, no distrito de Bragança, o certame mais antigo do género no país, que há 39 anos promove os produtos de excelência desta zona, os enchidos, que são também dos mais caros a nível nacional e gozam de proteção comunitária.
A presidente do CDS-PP estava acompanhada pelo deputado europeu Nuno Melo, candidato de novo ao Parlamento Europeu pelo partido.
Já em campanha, como admitiu, com esta visita quis sublinhar que o deputado é o “que mais defende os produtos portugueses em Bruxelas, com uma iniciativa anual, onde leva produtores de todo o país”.
Questionada ainda sobre o congresso do novo partido, a Aliança, em Évora, a Assunção Cristas disse que o CDS-PP só tem um adversário.
“O Partido Socialista e as esquerdas unidas, aí é que está o nosso adversário político e são esses que nós queremos combater e construir uma verdadeira alternativa, também para valorizar a agricultura”, declarou.
A líder do CDS voltou a acusar o Governo de desprezar “o setor agrícola, o produto agroalimentar” e de “não pôr os fundos a correr e a financiar os projetos como acontecia noutro tempo”.
“Lamento muito, por exemplo que hoje vamos olhar para os fundos europeus, para ajudar ao investimento neste setor e verificamos que apenas estão executados em 30% na parte do apoio ao investimento. É muito pouco para um programa que já está no final”, considerou.
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