“Os atos criminosos de Israel devem ser reconhecidos como genocídio e crimes contra a humanidade pela legislação interna dos nossos países e nas resoluções da OIC (Organização de Cooperação Islâmica)”, afirmou.

Num discurso na reunião de emergência deste órgão, Zarif instou os Estados-membros a “estender a jurisdição dos seus tribunais nacionais para incluir a acusação de genocídio e crimes contra a humanidade nos territórios palestinianos ocupados”.

“Um comité de vigilância profissional e internacional deve ser estabelecido para monitorizar e documentar os crimes de guerra e crimes contra a humanidade perpetrados contra os palestinianos para levar os culpados à justiça”, asseverou.

Para conseguir isso e um maior envolvimento da comunidade internacional, Zarif propôs “conceber uma campanha jurídica e política institucionalizada contra o regime do ‘apartheid’ sionista a nível regional e internacional”.

O chefe da diplomacia iraniana lamentou que na atual crise “homens, mulheres e crianças inocentes estejam a ser massacrados com as armas mais letais e sofisticadas e as casas a ser demolidas com os seus residentes lá dentro”.

“Estamos perante violações flagrantes e sistemáticas dos direitos humanos, do direito humanitário e internacional. Não se enganem, Israel só entende a linguagem da resistência e o povo da Palestina tem todo o direito de se defender e desafiar o assédio deste regime racista”, vincou.

Na sua opinião, “esses atos de barbárie mostraram, mais uma vez, que o único caminho para a paz na Palestina é a realização de um referendo entre todos os residentes palestinianos, deslocados e refugiados”.

Também hoje o chefe da força externa da Guarda Revolucionária do Irão garantiu ao Hamas e à Jihad Islâmica na Palestina o apoio de Teerão na luta armada contra Israel, segundo a agência estatal iraniana Irna.

Numa entrevista telefónica com o chefe do Hamas, Ishmael Haniyeh, o general Esmail Qaani disse que o Irão “está ao lado da nação palestiniana” e condenou Israel, a quem acusa de agir “violando todas as leis e convenções internacionais”, referiu a Irna.

Também hoje, a Amnistia Internacional (AI) apelou ao Tribunal Penal Internacional para que investigue os recentes ataques israelitas em Gaza contra um edifício com órgãos de comunicação social e um campo de refugiados que matou dez pessoas, das quais oito crianças.

Para a Amnistia Internacional, que está profundamente preocupada com o número crescente de mortos resultantes destes ataques na Faixa de Gaza, que já custaram a vida a mais de 180 pessoas, desde sexta-feira, trata-se de “crimes de guerra”.

O reacender do conflito começou em 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão, junto ao local mais sagrado do judaísmo.

Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.

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