“Hoje, a região é como um barril de pólvora (…). Gostaria de alertar os Estados Unidos e o regime fantoche israelita que se não puserem imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza, tudo é possível a qualquer momento e a região pode tornar-se incontrolável”, afirmou Hossein Amir-Abdollahian, numa declaração em Teerão com a sua homóloga sul-africana, Naledi Pandor.
A comunidade internacional receia um alastramento da guerra iniciada no passado dia 7 de outubro entre o movimento islamita Hamas e Israel e um maior envolvimento do Hezbollah libanês, aliado do Hamas apoiado pelo Irão.
Os Estados Unidos já anunciaram um reforço dos seus meios militares na região.
O ministro iraniano alertou que “qualquer erro de cálculo na continuação do conflito, do genocídio, do massacre e da migração forçada dos habitantes de Gaza e da Cisjordânia pode ter consequências pesadas” para a região e “contra os interesses dos países agressores”.
A ministra sul-africana apelou para a comunidade internacional “prestar muito mais atenção” à situação dos palestinianos no contexto do “ataque vergonhoso” a Gaza.
Mais de 1.400 pessoas foram mortas em Israel, na maioria civis, num violento ataque lançado em 7 de outubro pelo Hamas em território israelita, segundo as autoridades locais.
Na Faixa de Gaza, pelo menos 4.651 palestinianos, maioritariamente civis, foram mortos nos bombardeamentos incessantes de Israel como retaliação, de acordo com as autoridades de saúde do Hamas, que controla o território palestiniano.
O Irão aplaudiu o ataque do Hamas, mas afirmou que não esteve envolvido no ocorrido.
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