“Algumas semanas de diplomacia intensiva e responsável ajudam a […] evitar a guerra contra Idlib e assumem um firme compromisso de combater o terrorismo extremista”, escreveu Javad Zarif na sua conta no Twitter.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, acordaram na segunda-feira criar uma “zona desmilitarizada” na província síria de Idlib, que será patrulhada pelas polícias militares turca e russa.
A zona desmilitarizada, que deve ser criada antes de 15 de outubro, vai separar as posições das forças governamentais e das milícias da oposição e terá uma extensão entre 15 a 20 quilómetros.
O acordo foi anunciado por Putin, em declarações no final do encontro e quando os dois presidentes surgiram em conjunto após uma reunião de mais de quatro horas na estância balnear russa de Sochi, no Mar Negro.
Idlib é o último bastião dos rebeldes sírios e estavam a aumentar as preocupações sobre os efeitos catastróficos para a população civil de um eventual ataque pelas forças governamentais. A Turquia opôs-se a este assalto.
A Rússia, o mais importante aliado do líder sírio Bashar al-Assad, parecia empenhada em terminar rapidamente com a rebelião síria e durante a fracassada cimeira de Teerão, que decorreu há dez dias, defendeu um assalto de envergadura da Idlib.
Apesar de a Turquia apoiar por sua vez os rebeldes sírios, a província de Idlib é controlada em 60% pelo grupo ‘jihadista’ Hayat Tahrir al-Cham (HTS), que integra designadamente o ex-ramo da Al Qaida na Síria e é considerado um grupo “terrorista” por Ancara.
Desde a cimeira de Teerão registaram-se intensos contactos entre turcos e russos para tentar garantir um compromisso, com o principal objetivo de Ancara a consistir na neutralização do HTS, mas evitando o desencadeamento de uma vasta ofensiva.
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