“Donald Trump está 100 por cento correto que os militares dos Estados Unidos não têm nada a fazer no Golfo Pérsico. A retirada das suas forças está totalmente de acordo com os interesses dos Estados Unidos e o mundo”, afirmou Mohammad Yavad Zarif, na sua conta na rede social Twitter.
O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou que existem outros que procuram a guerra.
“Agora está claro que existe uma equipa B que não está preocupada com os interesses dos Estados Unidos, que despreza a diplomacia e estão sedentes por uma guerra”, salientou.
Segundo a agência Efe, a equipa B que Mohammad Yavad Zarif se refere é composta pelo conselheiro de segurança nacional norte-americano, John Bolton, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman.
Num outro ‘tweet’, o ministro iraniano salienta que a equipa B quase levou o Presidente dos Estados Unidos a desencadear uma guerra.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou hoje um decreto que, segundo disse, impõe sanções “duras” dirigidas ao Guia Supremo do Irão, ‘ayatollah’ Ali Khamenei, e círculo próximo, além de um reforço generalizado das medidas punitivas à república islâmica.
De acordo com Trump, estas novas sanções seguem-se a “uma série de comportamentos agressivos por parte do regime iraniano no decurso das últimas semanas, incluindo a destruição de um drone americano”.
“Vamos intensificar a pressão sobre o Irão”, afirmou Trump em declarações na Casa Branca, assegurando que as sanções poderão permanecer em vigor “durante anos”.
Pouco após as palavras de Trump, o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, anunciava que os EUA também vão impor sanções ao ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros e congelar “milhares de dólares” de ativos iranianos suplementares.
“Vamos colocar Zarif” na lista de sanções, “o mais tardar esta semana”, anunciou Mnuchin, para acrescentar que oito altos responsáveis dos Guardas da Revolução também foram sancionados.
O clima de tensão entre os Estados Unidos da América e o Irão dura há bastante tempo, mas a crispação aumentou desde que o Presidente norte-americano, há um ano, retirou o seu país do acordo nuclear internacional assinado em 2015, repondo sanções devastadoras para a economia iraniana.
No sábado, Donald Trump admitiu que o uso da força contra o Irão "está sempre em cima da mesa", após a confirmação de que o Irão tinha abatido um drone americano - que, segundo Teerão, violou o espaço aéreo iraniano, mas, de acordo com Washington, estava em espaço aéreo internacional.
Donald Trump anunciou, como retaliação, um ataque contra três locais no Irão, o qual disse ter abortado à última hora para evitar um elevado número de mortos.
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