O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, "concordou em indultar e reduzir as sentenças de um número significativo de acusados relacionados a incidentes recentes ou que foram condenados" noutros casos, diz a nota publicada no website de Khamenei.
Milhares de pessoas foram detidas no país por suspeita de envolvimento nos protestos desencadeados após a morte de Mahsa Amini, em 16 de setembro.
A jovem curda iraniana de 22 anos morreu após ser detida pela polícia da moralidade por violar o estrito código de vestuário da República Islâmica.
O comunicado não especifica o número de pessoas que serão beneficiadas pela medida anunciada no 44º aniversário de vitória da Revolução Islâmica, em fevereiro de 1979.
Segundo a imprensa, é provável que "dezenas de milhares" de presos recebam algum tipo de benesse do Estado.
A autoridade judicial indicou que os detidos relacionados aos protestos só serão libertados se assinarem uma "declaração de arrependimento e um compromisso por escrito de não repetir crime semelhante".
Também neste domingo, a jornalista Elnaz Mohammadi foi presa em Teerão após ser convocada pela polícia, informou o jornal Shargh. Aua irmã e também jornalista, Elaheh Mohammadi, está detida desde setembro.
Preso desde dezembro, o jornalista Hossein Yazdi foi condenado a um ano de prisão.
A Associação de Jornalistas de Teerão noticiou no início de janeiro que mais de 30 jornalistas iranianos permaneciam presos devido aos protestos.
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