Na sequência dos protestos, que decorrem desde o início do mês e já fizeram 239 mortos, o exército decretou hoje um recolher obrigatório entre a meia-noite e as seis da manhã em Bagdad, onde milhares de manifestantes ocupam desde quinta-feira à noite a praça Tahrir.

Segundo relata a agência France Presse, centenas manifestantes, muitos deles estudantes, continuavam a ocupar a Praça de Tahrir, num dia em que cinco manifestantes forma mortos.

Para além de Bagdad, os protestos contra o Governo ocorrem também em muitas outras cidades do sul.

Existem também informações de engarrafamentos enormes em Bagdad, com as pessoas a buzinarem em sinal de protesto.

As manifestações no Iraque começaram no dia 01 de outubro para pedir a “queda do regime”, quando se assinala o primeiro ano do novo executivo iraquiano, que implementou uma série de reformas económicas alvo de contestação.

A contestação decorreu até agora em duas fases. A primeira, entre 01 e 06 de outubro provocou, segundo números oficiais, 157 mortos, quase todos manifestantes.

A segunda começou na quinta-feira à noite, após uma interrupção de 18 dias, por ocasião de uma importante peregrinação xiita e fez, até agora, 82 mortos, de acordo com um balanço da comissão governamental de direitos humanos.

Segundo essa comissão, a maioria das mortes ocorreu nas províncias de Missane e Zir Qar, no sul do país, onde os manifestantes atacaram ou incendiaram sedes de partidos, de grupo armados e gabinetes de dirigentes.

Milhares de estudantes uniram-se hoje aos protestos antigovernamentais, apesar de as forças de segurança terem lançado gás lacrimogéneo e granadas sobre os manifestantes para impedir que atravessassem a ponte principal, que leva à Zona Verde, onde se situam a maior parte dos ministérios e muitas embaixadas.

A missão da ONU no Iraque (Unami) disse estar "muito preocupada com entidades armadas que procuram comprometer a estabilidade do país".

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