"Durante a audiência concedida a Sua Eminência o Cardeal Marcello Semeraro, Prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, o Sumo Pontífice autorizou o mesmo Dicastério a promulgar os Decretos" relativos a vários nomes em vias de serem beatificados.
Um deles é o da Irmã Lúcia, uma das pastorinhas de Fátima. Com isto, o Papa reconhece "as virtudes heróicas da Serva de Deus Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado (nascida: Lúcia dos Santos), monja professa da Ordem das Carmelitas Descalças".
O processo de beatificação e canonização de Lúcia teve início em 2008, três anos após a sua morte. Na altura, o Papa Bento XVI dispensou o período de espera de cinco anos determinado pelo Direito Canónico.
Para o Memorial e Arquivo Irmã Lúcia, em publicação na rede social Facebook, este "novo passo no caminho rumo à santidade, a Venerável Lúcia de Jesus é reconhecida pela Igreja na prática heróica das virtudes, bem como na autenticidade do seu caminho espiritual. A sua presença tem sido cada vez mais experimentada e vivenciada por muitos como uma presença amiga e próxima, como uma poderosa intercessora junto de Deus".
Também a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestou hoje “grande alegria” pela aprovação. O episcopado católico português sublinha, em nota citada pela agência Ecclesia, que a decisão do Vaticano é um “passo importante” para a beatificação da religiosa carmelita que morreu em 2005,
“Neste momento de jubilosa celebração, a Conferência Episcopal manifesta particular sintonia com a Ordem dos Carmelitas Descalços e com o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, desejando que o processo em curso, na oração e no estudo, conduza brevemente à Beatificação da Irmã Lúcia”, acrescenta a nota da CEP.
Lúcia nasceu a 28 de março de 1907 em Aljustrel e faleceu a 13 de fevereiro de 2005 em Coimbra. Está sepultada na Basílica de Fátima, junto aos seus primos Francisco e Jacinta Marto, canonizados pelo Papa Francisco em 2017, nas cerimónias do Centenário das Aparições da Cova da Iria.
Comentários