Em comunicado, a fundação indicou que “de acordo com os estatutos de Serralves, a nova presidente foi eleita pelo conselho de administração de entre os seus membros, por voto secreto e por maioria absoluta”.

Nomeada para o conselho de administração da fundação em 2015 como um de dois representantes do Estado naquele órgão (a par de José Pacheco Pereira), quando era ministro da tutela João Soares, a professora universitária Isabel Pires de Lima foi deputada (entre 1999 e 2009) e ministra da Cultura (entre 2005 e 2008, num Governo encabeçado por José Sócrates).

Os estatutos da fundação sediada no Porto preveem que o presidente possa “exercer três mandatos nessa qualidade, independentemente do tempo por que tenha exercido funções como vogal ou vice-presidente”.

Pires de Lima era vice-presidente da fundação e membro da comissão executiva da fundação, com a presidente, Ana Pinho, e Manuel Ferreira da Silva.

A antiga ministra foi um dos rostos da defesa da fundação aquando das críticas de que a administração foi alvo no que dizia respeito ao tratamento dado a prestadores de serviços e ao ambiente laboral vivido na instituição.

Chamada ao parlamento para prestar esclarecimentos sobre a fundação, em maio de 2021, Pires de Lima salientou que se orgulhava de pertencer ao conselho de administração de Serralves, “não porque seja mais ou menos folclórico pertencer ao conselho de administração de Serralves”, mas por entender que contribuía com o seu trabalho.

Em meados deste mês, a presidente cessante da Fundação de Serralves, Ana Pinho, disse que a instituição contava encerrar o ano de 2024 com cerca de 1,24 milhões de visitantes, acima dos 1,1 milhões alcançados em 2023.

Na conferência de imprensa de apresentação do plano de atividades para 2025, a presidente do conselho de administração apresentou uma série de dados do acumulado dos nove anos em que dirigiu a fundação, comparando com o período equivalente anterior, que mostravam que a instituição recebeu 7,3 milhões de visitantes entre 2016 e 2024, por comparação a 3,9 milhões de pessoas entre 2007 e 2015.