“A previsão para o crescimento do PIB em 2018 foi revista em baixa para o intervalo [2,2% a 2,6%]. Esta previsão enfrenta riscos negativos relacionados com o desenvolvimento das tensões no comércio mundial”, afirma o Grupo de Análise Económica do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), na nota de conjuntura divulgada hoje.

A anterior estimativa dos economistas do ISEG apontava para um crescimento do PIB entre 2,4% e 2,8% no conjunto deste ano.

Depois de a economia ter crescido 2,1% em termos homólogos e 0,4% em cadeia no primeiro trimestre deste ano, o ISEG antecipa que a expansão do PIB no segundo trimestre seja maior que a registada no período anterior.

Os dados já disponíveis para o segundo trimestre “sugerem uma desaceleração do consumo privado (comércio a retalho, vendas de automóveis), enquanto na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) o crescimento acelerou ou se manteve (consumo de cimento/construção e importação de máquinas no primeiro caso, aquisição de veículos comerciais no segundo)”, afirma o ISEG.

Por outro lado, em abril, “o crescimento nominal das exportações de bens (18,1%) ultrapassou claramente o das importações (importações), o que inverte, para já, o observado no primeiro trimestre”, consideram os economistas.

Menos positivo, consideram, é o facto de “as exportações turísticas estarem a crescer
menos desde o início do ano, o que se acentuou em abril por efeitos de calendário”.

Em todo o caso, estes resultados iniciais tornam mais provável que o contributo da procura externa líquida “possa ser menos negativo no primeiro trimestre”.