O avião que transportou esta noite 152 portugueses e luso-israelitas do Chipre para Lisboa, fugidos ao conflito entre Israel e o movimento palestiniano Hamas, aterrou hoje às 10:43 no aeroporto de Figo Maduro.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que se encontrava no local a recebê-los, disse aos jornalistas que para além dos 152 portugueses e luso-israelitas a bordo, chegaram ainda 14 cidadãos de outras nacionalidades como espanhóis (nove), irlandeses, búlgaros e lituanos, entre outros.

Gomes Cravinho lamentou o falecimento de uma luso-israelita e referiu que existem ainda mais quatro desaparecidos. "Na perspetiva das autoridades israelitas, são cidadãos israelitas, por isso estão sob a sua proteção", frisou.

Foi ainda confirmado que na próxima madrugada chegará a Portugal um C-130 com mais quatro portugueses. Estes quatro completam a totalidade dos cidadãos de nacionalidade portuguesa que manifestaram a vontade de regressar para Portugal.

O grupo islâmico palestiniano Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

Durante a incursão em território israelita, o Hamas fez mais de uma centena de reféns, civis e militares, que levou para a Faixa de Gaza.

A resposta militar de Israel, que declarou guerra ao Hamas após o ataque, causou a morte de mais de 900 pessoas em Gaza, de acordo com os balanços mais recentes.

Do lado israelita, uma alta patente militar avançou que o número de mortos ultrapassou os mil.