Israel já iniciou a resposta aos ataque do Hamas, com a Força Aérea do país a atacar 17 bases militares e quatro quartéis-generais do Hamas, de acordo com a informação do exército, na rede social X.

O ministro da Defesa de Israel já instituiu a lei marcial num raio de 80 quilómetros da Faixa de Gaza, incluindo Tel Aviv e Beersheba. Citado pela agência Reuters, Yoav Gallant vincou que "o Hamas cometeu um grande erro" ao lançar uma nova operação militar contra o país.

Os disparos, a partir de vários locais da Faixa de Gaza, começaram antes das 06:30 horas locais (04:30 em Portugal) e continuaram durante quase meia hora. Em Israel, sirenes de alerta soaram em várias cidades.

Os lançamentos ocorreram após semanas de tensões ao longo da fronteira de Israel com Gaza e de pesados combates na Cisjordânia ocupada por Israel. Pelo menos 247 palestinianos, 32 israelitas, um ucraniano e um italiano foram mortos desde o início do ano, em atos de violência ligados ao conflito israelo-palestiniano, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais israelitas e palestinianas.

A ofensiva foi reivindicada pelo próprio líder do braço armado do Hamas, Mohammed Deif, que afirmou que o grupo lançou uma nova operação militar contra Israel.

Numa rara declaração pública, Mohammed Deif disse que 5.000 foguetes foram disparados contra Israel durante a madrugada, para dar início à "Operação Tempestade Al-Aqsa".

Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas, pronunciou-se sobre a situação, e segundo a Al Jazeera: "o inimigo que sitia Gaza planeou surpreendê-la e intensificar a agressão contra o nosso povo na Faixa de Gaza, para além da colonização e da agressão que continua na Cisjordânia, que procura desenraizar o nosso povo e expulsá-lo da sua terra, e dos crimes da ocupação contra o nosso povo na década de 1948, uma vez que está por detrás de todas as operações de morte e assassínio que aí se realizam, e da continuação da detenção dos nossos prisioneiros durante décadas, e da renegação dos acordos quando voltou a prender os libertados do acordo de troca.

"Por tudo isto, estamos a travar uma batalha de honra, resistência e dignidade para defender Al-Aqsa, sob o título que foi anunciado pelo Irmão Comandante-em-Chefe Abu Khaled Al-Deif: "Operação Tempestade Al-Aqsa". Esta operação começou em Gaza e estender-se-á à Cisjordânia e ao estrangeiro, a todos os locais onde o nosso povo e a nossa nação estejam presentes.", afirmou Haniyeh.

O grupo islâmico Jihad Islâmica, também com forte presença e com um braço armado dentro de Gaza, também já informou que se juntou ao ataque do Hamas: "Fazemos parte desta batalha e os nossos combatentes lutam ao lado dos seus irmãos do Hamas, ombro a ombro, até à vitória", declarou.

Entretanto, o embaixador de Israel nos Estados Unidos da América, Michael Herzog, através da rede social X, já pediu ajuda ao "mundo livre" para estes "condenarem" os ataques do Hamas a Israel, afirmando que "a ofensiva foi lançada quando estávamos a celebrar um feriado judeu".

De acordo com o Times of Israel, as forças militares de Israel lutam contra as forças do Hamas em sete localizações, na zona de Israel perto da Faixa de Gaza. As batalhas de armas decorrem, segunda a publicação, nas cidades de Kfar Aza, Sderot, Sufa, Nahal Oz, Magen, Be’eri e na base militar de Re’im.