“Pretendo estender a soberania a todos os colonatos e blocos (colonatos)”, incluindo “locais que tenham importância de segurança ou que sejam importantes para a herança de Israel”, disse Netanyahu numa entrevista à Rádio do Exército de Israel.
Questionado se isso incluía centenas de judeus que vivem sob pesada guarda militar no meio de dezenas de milhares de palestinianos na volátil cidade de Hebron, Netanyahu respondeu “é claro”.
Netanyahu luta pela sua sobrevivência política, entre uma corrida eleitoral acirrada e problemas legais que pairam sobre o primeiro-ministro.
Os israelitas vão às urnas na terça-feira, pela segunda vez este ano, depois de Netanyahu não conseguir formar governo após a votação de abril, provocando a dissolução do Parlamento.
Nas últimas semanas, Netanyahu fez uma série de promessas ambiciosas numa tentativa de aumentar o seu apoio, incluindo a promessa de anexar o vale do Jordão, uma área que os israelitas veem como estratégica, mas que os palestinianos consideram o celeiro do seu Estado futuro.
Os críticos afirmam que as promessas de Netanyahu, se cumpridas, irão inflamar o Médio Oriente e eliminar qualquer esperança palestiniana remanescente de estabelecer um Estado separado.
Os seus rivais políticos rejeitaram a ideia de anexação e consideram-na uma jogada eleitoral, observando que o primeiro-ministro se absteve de anexar qualquer território durante mais de uma década no poder.
Israel retirou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental da Jordânia na guerra de 1967.
Mais de 2,5 milhões de palestinianos vivem atualmente nos territórios ocupados, além de quase 700.000 colonos judeus.
A comunidade internacional, juntamente com os palestinianos, considera ilegais praticamente todos os colonatos israelitas na Cisjordânia e no leste de Jerusalém.
A votação de terça-feira será em grande parte um referendo sobre Netanyahu, que este ano superou o primeiro-ministro fundador de Israel (David Ben-Gurion) como o líder mais antigo do país.
Netanyahu considera-se o único candidato capaz de enfrentar os inúmeros desafios que Israel enfrenta.
No entanto, os seus oponentes dizem que os seus problemas legais – incluindo uma recomendação do procurador-geral para indiciá-lo por suborno, fraude e quebra de confiança – parecem muito grandes para continuar à frente do governo.
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