
“Quanto mais o Hamas mantiver a sua recusa, mais território perderá, que será anexado a Israel”, afirmou num comunicado divulgado pelo ministério e citado pela agência espanhola EFE.
Katz disse que as tropas devem retirar as populações palestinianas das áreas adicionais ocupadas para expandir as zonas de segurança e, assim, “proteger as comunidades israelitas e os soldados israelitas através do controlo israelita permanente do território”.
Até agora, Israel ordenou a evacuação dos bairros orientais da cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, e da cidade vizinha de Beni Suheila.
Ordenou igualmente a evacuação de Beit Lahia, no norte, onde as tropas lançaram uma operação terrestre.
As forças israelitas também ocuparam parcialmente o corredor de Netzarim para separar o norte e o sul de Gaza, e apelaram à população do norte para se retirar para o sul pela estrada costeira de Rashid.
O ministro da Defesa avisou que Israel “vai intensificar os combates com ataques aéreos, marítimos e terrestres, expandindo as manobras terrestres”, até que os 59 reféns ainda em Gaza sejam libertados “e o Hamas seja derrotado”.
Outras medidas incluem “a implementação do plano de transferência voluntária” proposto pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump para os residentes do território palestiniano.
O plano de “transferência voluntária” de Trump refere-se a uma saída da população de Gaza para outros países para transformar o enclave palestiniano numa zona turística.
Muitas organizações internacionais e a população árabe criticaram a proposta de Trump como um plano de limpeza étnica dos habitantes de Gaza.
A população de Gaza está sujeita, há quase um ano e meio, a uma guerra que já causou cerca de 50.000 mortos e uma crise humana sem precedentes.
A ofensiva israelita na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e de 250 reféns.
Katz reafirmou no comunicado que Israel continua empenhado na proposta do enviado norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff, para a “libertação de todos os reféns, vivos e mortos, antecipadamente e em duas fases, com um cessar-fogo pelo meio”.
A proposta prevê a prorrogação da primeira fase do cessar-fogo por cerca de 50 dias, devendo metade dos reféns ser libertada no primeiro dia e a outra metade no último dia.
A primeira fase do cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro terminou em 02 de março, dia em que deveria ter começado a segunda fase, que previa o fim duradouro das hostilidades em Gaza e a libertação dos reféns no território palestiniano.
As negociações para a segunda fase não se realizaram e a situação ficou num impasse até segunda-feira à noite, quando Israel quebrou definitivamente o cessar-fogo com uma vaga de bombardeamentos que matou centenas de palestinianos.
O grupo radical Hamas nunca aceitou a proposta de Witkoff e exigiu desde o início que o acordo originalmente assinado fosse cumprido, passando à segunda fase.
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