A ordem afeta os campos de Rafah e Shabura, bem como os bairros de Adari e Jeneina, cuja população é aconselhada a ir para a “zona humanitária” de Al Mawasi, uma zona costeira já saturada de pessoas deslocadas em tendas improvisadas, sem água corrente, nem saneamento.
No norte do enclave palestiniano, Israel ordenou a saída de residentes e deslocados de vários bairros e cidades entre Jabalia e Beit Lahia, que designou como “zona de combate perigosa” e pediu que se deslocassem para oeste da Cidade de Gaza.
Em comunicado divulgado através de panfletos, mensagens telefónicas e na rede social X, o exército israelita justifica referindo que as forças de defesa de Israel estão “a trabalhar em força contra as organizações terroristas na região”, pelo que as famílias ficariam expostas ao perigo.
O exército alerta ainda que é proibido aproximarem-se da cerca de segurança que circunda o enclave, o que implica “colocar a vida em perigo”, uma vez que os militares têm ordens para disparar.
Fontes médicas palestinianas relataram bombardeamentos aéreos e de artilharia em Rafah, no sul, e no norte, especificamente em Beit Lahia e no bairro de Zeitun, na cidade de Gaza, onde Israel retomou as operações militares face ao regresso do movimento radical Hamas.
Israel lançou a sua “operação limitada” em Rafah na segunda-feira com a ordem de retirar cerca de 100 mil pessoas na periferia leste da cidade e no dia seguinte assumiu o controlo da parte palestiniana da passagem de Rafah, que liga ao Egito.
Desde então, o exército tem relatado “ataques seletivos” para capturar combatentes do Hamas no leste da cidade.
A Faixa de Gaza está devastada pela guerra desencadeada em 07 de outubro por um ataque do Hamas em solo israelita, que provocou a morte de mais de 1.100 pessoas.
Desde essa data, a retaliação israelita na Faixa de Gaza deixou mais de 34.900 mortos, a maioria mulheres e crianças, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde do Governo local, controlado pelo Hamas.
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