O exército israelita anunciou que matou pelo menos “cinco terroristas” em Jenin, “reduto dos grupos armados palestinianos” na Cisjordânia ocupada, enquanto o Hamas anunciou a morte de três dos seus combatentes.

Por outro lado, a agência noticiosa oficial palestiniana WAFA noticiou que o Exército israelita atacou uma “concentração de civis” no campo de refugiados de Jenin, matando três pessoas e ferindo outras nove.

A WAFA referiu ainda que se tratou de um ataque em grande escala, que afetou vários bairros da cidade e incluiu um cerco de horas ao hospital Ibn Sina.

Segundo a agência, as tropas israelitas cercaram o centro médico, interrogaram o pessoal médico, examinaram as ambulâncias e exigiram a evacuação do edifício.

O Exército israelita anunciou que as tropas levaram a cabo uma “vasta operação antiterrorista” em Jenin, durante a qual as forças atacaram do ar “um esquadrão de terroristas armados que dispararam” e, num incidente separado, “neutralizaram terroristas que abriram fogo e lançaram explosivos”.

“No total, pelo menos cinco terroristas foram neutralizados, seis armas foram confiscadas e oito suspeitos foram presos”, disse o porta-voz militar.

O exército israelita acrescentou que, durante a operação, “os terroristas e os atiradores fugiram em veículos e ambulâncias em direção à zona do hospital Ibn Sina onde se esconderem”.

Em resposta, as forças perseguiram-nos e conseguiram parar um veículo à entrada do hospital.

Questionado pela EFE, o porta-voz militar não deu qualquer informação sobre o alegado cerco ao centro médico.

As intervenções militares israelitas na Cisjordânia têm ocorrido quase diariamente desde o ano passado e intensificaram-se ainda mais desde o início da guerra em Gaza, a 07 de outubro, na sequência de um ataque do Hamas contra solo israelita.

Desde essa altura, cerca de 200 palestinianos foram mortos e mais de 2.700 ficaram feridos na Cisjordânia em incidentes violentos com as forças de segurança israelitas ou com colonatos judeus da região.

Israel prendeu mais de 1.750 palestinianos na Cisjordânia desde o início da guerra de Gaza, mais de 1.000 alegadamente ligados ao Hamas.

A Cisjordânia ocupada enfrenta a maior espiral de violência em duas décadas e mais de 400 palestinianos já foram mortos em 2023, na sua maioria milicianos em confrontos armados com tropas e atacantes israelitas, mas também civis, incluindo 85 menores.