Segundo o jornal britânico The Guardian, o caso teve origem numa tentativa do rapaz de 15 anos, vestido com um cachecol e um capacete, de assaltar um polícia vestido à paisana no bairro de Santa Lucia, em Nápoles.
O jornal, citando órgãos de comunicação italianos, reporta que o assaltante estava numa mota quando apontou uma arma falsa ao agente da polícia, que estava na sua viatura com a sua namorada, para lhe roubar um relógio Rolex.
Como resposta, o agente disparou sobre o rapaz, que morreu nas urgências do hospital Pellegrini.
Mais tarde, a família do rapaz, acompanhada por um grupo de amigos, alegadamente pilhou a unidade de urgências do hospital, o que forçou à transferência dos pacientes em espera para outras unidades ou hospitais.
Essa informação foi corroborada por Ciro Verdoliva, diretor local de saúde, que disse que na noite passada "depois da morte de um menor que chegou às urgências com uma ferida de bala, a unidade foi devastada pela família e amigos do rapaz."
O responsável disse ainda ter sido forçado a fechar as urgências do hospital, já que o caso impediu a atuação dos profissionais de saúde com segurança. "Este é um ato sério pelo qual eu expresso solidariedade para todo o nosso pessoal que, novamente, voltou a ser vítima de insultos e ataques, apesar de fazerem tudo o que podem para ajudar pacientes", lamentou Verdoliva.
Este não é o primeiro caso de violência contra profissionais de saúde em Nápoles este ano. Em janeiro, conta o The Guardian, houve pedidos para que o exército acompanhasse os departamentos de saúde depois de um grupo de adolescentes ter forçado uma ambulância a dirigir-se a um local onde um rapaz se encontrava com uma entorse no joelho.
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