Desde sexta-feira, a Itália detetou mais de 10.000 casos positivos de covid-19 por dia, registando hoje um número um pouco abaixo dessa fasquia, porque o número de testes diminuiu (de 150.000 para 99.000), por causa do fim-de-semana.

Itália teve até agora 423.578 pessoas infetadas desde o início da crise sanitária no país, em 21 de fevereiro.

Houve mais 73 mortes com covid-19, desde domingo, elevando o saldo de óbitos no país devido a pandemia para 36.616.

O número de casos ativos é agora de 134.000, embora a maioria esteja isolada em casa com sintomas leves ou sem sintomas.

O número de pessoas hospitalizadas aumentou 592 desde domingo, para um total de 8.473 e dessas 797 requerem cuidados intensivos (mais 47 nas últimas 24 horas).

As regiões com mais casos são a Lombardia (norte), epicentro da crise desde o início da crise, com 1.687 casos, principalmente na sua capital, Milão, e Campânia (sul), com 1.593.

Perante estes números, o Governo italiano tenta travar a evolução da pandemia aprovando um novo decreto com medidas restritivas, mas que procuram não prejudicar a economia.

A iniciativa que mais polémica tem provocada diz respeito à que obriga os autarcas a identificar e encerrar os bairros, ruas e praças onde se concentra o maior movimento de pessoas a partir das 21:00, para limitar a animação noturna.

O presidente da Associação Nacional dos Municípios Italianos (ANCI), Antonio Decaro, presidente da Câmara de Bari (sul), adiantou que as administrações locais farão o que for necessário, mas acrescento que “o Estado deve providenciar as forças da ordem”.

O novo decreto limita ainda mais o horário de funcionamento de bares, restaurantes e outros estabelecimentos deste tipo, que devem encerrar às 18:00, caso não tenham serviço de mesa, para evitar aglomeração de pessoas.

Além disso, apenas um máximo de seis pessoas podem sentar-se em cada mesa.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.