No início deste mês, a IURD tinha adiantado que, "face às gravíssimas acusações de uma das mães biológicas, tornadas públicas pelo jornal Expresso" na edição de 29 de junho, iria "requerer formalmente junto do Sindicato dos Jornalistas, da Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas e da ERC que avaliem a idoneidade profissional da direção editorial da TVI, bem como da jornalista responsável pelos programas “O Segredo dos Deuses'".

No dia 16 de julho, de acordo com fonte oficial da IURD, deram entrada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), no Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas e na CCPJ queixas contra o diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, e a jornalista da mesma estação Alexandra Borges.

No processo que entrou na ERC, a participação também visa a TVI.

Fonte oficial da IURD disse ainda à Lusa que em 2018 tinha entrado com um processo cível contra Alexandra Borges, onde a instituição pede uma indemnização no valor de cinco milhões de euros.

Em entrevista à Lusa, em 03 de julho, o diretor de informação da TVI tinha adiantado que a IURD tinha colocado "mais de uma dezena de processos" contra a estação, mas que o canal de Queluz está de "consciência tranquila".

"Estamos de consciência tranquila, se há investigação que está blindada com provas, testemunhos e elementos que recolhemos, quer testemunhais, quer documentais, é este", garantiu, na altura, o diretor de informação da TVI.

A TVI exibiu em dezembro de 2017 uma série de reportagens denominadas "O Segredo dos Deuses", na qual noticiou que a IURD esteve alegadamente relacionada com o rapto e tráfico de crianças nascidas em Portugal.

Os supostos crimes terão acontecido na década de 1990, com crianças levadas de um lar em Lisboa, que teria alimentado um esquema de adoções ilegais em benefício de famílias ligadas à IURD que moravam no Brasil e nos Estados Unidos.