A IURD recorrerá aos tribunais para exigir a reparação dos danos causados”, diz a IURD, num “comunicado para reposição da verdade” assinado pelos membros da direção João Filipe, César Ribeiro e Maria João Dias, hoje divulgado em vários jornais.
Explicando que recorreu a espaços pagos em várias publicações para garantir que a informação é “transmitida na íntegra”, aquela instituição religiosa aponta que, ao longo dos últimos meses, tem sido “objeto de uma campanha infamante, constituída […] por uma inesgotável sequência de reportagens televisivas e notícias publicadas em jornais, com as quais se pretende inculcar a ideia de que a Igreja alimentou, há cerca de 20 anos, um esquema ilegal e fraudulento de adoções”.
“Esta campanha, feita de uma agressividade inaudita, para além de desrespeitar direitos fundamentais de várias pessoas envolvidas, é falsa e difamatória”, vinca a IURD na nota.
Aludindo à análise ao caso feita pela Procuradoria-geral da República (PGR), que “não detetou circunstâncias menos claras" nas adoções da IURD, a entidade salienta que “todos os processos de adoção […] foram tramitados de forma rigorosa, tendo sido cumprida a totalidade dos trâmites legais, seja pelas autoridades administrativas, seja pelo Ministério Público, seja pelos magistrados judiciais”.
“Isso mesmo está a ser apurado de forma completa e sem margem para dúvidas pela PGR”, acrescenta, sustentando que “nada há, por isso, [nada] a apontar à forma como se processaram os diversos passos previstos na lei, desde a entrega das crianças às instituições ao deferimento da confiança judicial, até à decisão de adoção”.
A IURD insiste que “tudo, mas tudo mesmo, foi feito em rigoroso cumprimento das regras aplicáveis”, concluindo que “é falso tudo o que se diga em contrário”.
“É preciso deixar muito claro [que] a IURD não retirou filhos aos pais como, de forma insidiosa, se vem dizendo. As crianças foram entregues pela Segurança Social ao lar porque se encontravam em risco”, adianta, afirmando desconhecer os motivos para “esta campanha”.
A instituição deixa ainda a garantia de que vai “repor verdade […] perante a torrente de falsidades habilidosas, mentiras grosseiras e manipulações maldosas, das quais tem vindo a ser algo, geradoras, aliás, de incitamento à violência, que já gerou a prática de atos criminosos incidindo sobre pessoas e bens”.
A TVI exibiu uma série de reportagens denominadas "O Segredo dos Deuses", na qual noticiou que a IURD esteve alegadamente relacionada com o rapto e tráfico de crianças nascidas em Portugal.
O caso foi, entretanto, acompanhado por outros órgãos de comunicação nacionais.
Os supostos crimes terão acontecido na década de 1990, com crianças levadas de um lar em Lisboa, que teria alimentado um esquema de adoções ilegais em benefício de famílias ligadas à IURD que moravam no Brasil e nos Estados Unidos.
A IURD tem vindo a refutar as acusações de rapto e de um esquema de adoção ilegal de crianças portuguesas e considera-as fruto de "uma campanha difamatória e mentirosa".
Segundo informações avançadas pela TVI, a IURD tem atualmente nove milhões de fiéis, espalhados por 182 países, 320 bispos e cerca de 14 mil pastores.
No final de janeiro passado, esta estação televisiva foi notificada através de providência cautelar para a retirada das reportagens.
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